Professores do Paraná encerram greve, mas mantêm mobilização contra terceirização de escolas

XV CURITIBA
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Fotos: Orlando Kissner e Valdir Amaral

Os professores da rede estadual do Paraná decidiram encerrar a greve na noite desta quarta-feira (5), em uma assembleia estadual extraordinária online convocada pela APP-Sindicato. A paralisação, que começou na segunda-feira (3), foi suspensa, mas a categoria permanece em estado de greve e planeja ações contínuas para combater a terceirização da gestão de 204 escolas estaduais, conforme o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Ratinho Jr.

Walkiria Olegario Mazeto, presidente da APP-Sindicato, destacou a importância da mobilização dos professores. “Embora não tenhamos conseguido interromper a tramitação do projeto, nossa mobilização trouxe uma grande visibilidade para a questão da privatização das escolas. Conseguimos abrir um debate nacional e internacional sobre este tema e sobre as ações do governador”, declarou. Ela enfatizou a necessidade de intensificar as discussões nas escolas para convencer os colegas que ainda veem o programa Parceiro da Escola como benéfico.

Em outubro, o governo estadual iniciará consultas nas 204 escolas para que a comunidade escolar decida sobre a implementação do programa Parceiro da Escola. A APP-Sindicato está determinada a atuar fortemente neste processo para evitar a privatização das escolas.

O programa da Secretaria de Estado da Educação (Seed) visa melhorar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas estaduais por meio de parcerias com empresas especializadas em gestão educacional. Essas empresas assumirão a administração e a gestão de serviços terceirizados de limpeza e segurança. Contudo, a APP-Sindicato interpreta essa proposta como uma forma de privatização das escolas públicas.

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) havia agendado uma mediação entre o governo e a APP-Sindicato para discutir a greve. A reunião estava marcada para sexta-feira (7) às 15h30 na 2ª Vice Presidência do tribunal.

No início da semana, manifestantes ocuparam a sede da Assembleia Legislativa, na segunda-feira (3), na tentativa de bloquear a votação do projeto de terceirização. Eles só deixaram o local na terça-feira (4), depois que o projeto foi aprovado remotamente.

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