A Polícia Civil do Paraná está investigando um professor de uma escolinha de futebol em Curitiba por suspeita de abuso sexual contra crianças e adolescentes que frequentavam um centro de treinamento no bairro Boqueirão. As denúncias surgiram após a mãe de um dos alunos encontrar mensagens de cunho sexual no celular do filho.
Segundo informações apuradas, o professor teria convidado um dos jovens para ir até sua casa após o treino. Além disso, relatos indicam que ele realizava massagens nos alunos em uma sala preparada para essa prática, onde os jovens precisavam permanecer sem roupas. Uma mãe relatou que seu filho de 11 anos chegou em casa chorando após um treino e, após uma conversa, foram constatados indícios de importunação sexual.
O suspeito também é investigado por enviar imagens de partes íntimas aos alunos e solicitar o envio de fotos comprometedoras. Em conversas trocadas pelo WhatsApp, o professor enviava mensagens inapropriadas para os jovens:
“Eu de vez em quando faço isto.”
“Você vai ter que melhorar em campo e na vida.”
“Já disse, você tem de fixar um pouco mais, safado.”
“E se quiser, quando for bater uma, tire uma foto e mande.”
Em outra troca de mensagens, um aluno questionou se não seria melhor um encontro presencial, demonstrando receio:
Aluno: “Mas não é melhor pessoalmente?”
Aluno: “Sei lá, tenho vergonha.”
Professor: “Você apaga depois, orelhudo.”
Aluno: “Não é vergonha, é medo.”
Professor: “Pode ser pessoalmente sem problema.”
As mensagens reforçam as denúncias de assédio e importunação sexual feitas pelas vítimas e seus familiares. Diante das acusações, a Polícia Civil efetuou a prisão do professor, que passou por audiência de custódia e foi liberado após pagar fiança no valor de um salário mínimo.
A investigação continua, e novas denúncias estão sendo recebidas. O delegado Rodrigo Rederde informou que outras testemunhas serão ouvidas para embasar um possível pedido de prisão preventiva do suspeito.
A Polícia Civil reforça a importância de denúncias em casos de crimes contra crianças e adolescentes, visando garantir a proteção das vítimas e evitar novas ocorrências.