A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (28), um casal suspeito de envolvimento na morte da estudante de biomedicina Zarhará Hussein Tormos, de 25 anos, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A prisão ocorre exatamente 30 dias após o crime, que gerou forte comoção na cidade e mobilizou familiares e amigos da jovem.
Zarhará foi encontrada morta no banco traseiro do próprio carro, dois dias após desaparecer, com mãos e pés amarrados por fita adesiva e sinais de ferimentos por arma de fogo. A jovem havia sido vista pela última vez em 28 de fevereiro, ao sair da faculdade onde estudava.
Inicialmente, o ex-namorado da vítima foi investigado, já que Zarhará possuía uma medida protetiva contra ele desde novembro de 2023. No entanto, a participação dele foi descartada pelas autoridades.
As investigações apontaram que a estudante foi feita refém ao sair da faculdade, sendo seguida por outro veículo durante o trajeto. Informações levantadas pela polícia indicam que Zarhará vinha recebendo ameaças de um número desconhecido. Posteriormente, foi descoberto que o celular responsável pelas mensagens pertencia à mesma pessoa dona do carro usado no crime.
A principal suspeita, agora presa, conhecia a vítima desde 2023, quando Zarhará contratou seus serviços estéticos e passou a divulgá-los nas redes sociais, atuando como influenciadora digital. O teor das ameaças, no entanto, não foi revelado pelo delegado responsável.
Peritos encontraram materiais biológicos e impressões digitais no local do crime, que coincidem com os da suspeita e do dono do veículo utilizado. Zarhará foi assassinada com três disparos.
Além da mulher apontada como autora, o companheiro dela também foi detido, sendo considerado partícipe do homicídio. A polícia trabalha agora para identificar uma possível terceira pessoa envolvida no caso.