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Pressão no sistema de saúde de Curitiba: Prefeitura aciona plano de contingência

XV CURITIBA
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Foto: Hully Paiva/SMCS

A cidade de Curitiba está enfrentando um aumento significativo na demanda por serviços de saúde, levando a uma pressão sem precedentes sobre o sistema público. Em resposta a essa situação crítica, a prefeitura da cidade ativou um plano de contingência destinado a lidar com a sobrecarga nos atendimentos, especialmente no setor de Urgência e Emergência das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

De acordo com autoridades municipais, diversos fatores têm contribuído para essa pressão no sistema de saúde. A incidência de casos respiratórios, suspeitas de dengue e crises hipertensivas e de glicemia tem sobrecarregado as UPAs, aumentando significativamente a demanda por serviços médicos. Além disso, os hospitais têm registrado um aumento na quantidade de pacientes, principalmente vítimas de traumas, como acidentes de trânsito.

“A ideia é modularmos o sistema da melhor forma para atravessarmos essa fase de grande pressão, que afeta não apenas o sistema público de saúde, como o sistema privado”, explicou Beatriz Battistella, secretária municipal da Saúde de Curitiba.

Os números refletem a magnitude do desafio enfrentado. Em março de 2024, as UPAs registraram uma média de 4.285 atendimentos por dia, um aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em apenas dois meses, a média diária de pacientes atendidos aumentou em cerca de 1.000 pessoas, passando de 3.223 em janeiro para 4.285 em março.

A situação relacionada à dengue é particularmente preocupante. Até o dia 6 de abril de 2024, foram realizados 17.034 atendimentos por suspeita de dengue em toda a rede municipal, um aumento de 45 vezes em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados apenas 378 atendimentos por essa doença.

Diante desse cenário desafiador, a prefeitura de Curitiba adotou um plano de contingência semelhante ao implementado durante o auge da pandemia de Covid-19. Desde quarta-feira (10), está sendo utilizado o fluxo de atendimentos em formato de “Y”, dividindo os casos entre aqueles relacionados a problemas respiratórios e suspeitas de dengue e os demais atendimentos.

Além disso, estão sendo implementadas medidas adicionais para fortalecer o sistema de saúde da cidade. A carga horária dos médicos das UPAs será ampliada, e serão instaladas tendas para acomodar melhor o atendimento nas unidades mais impactadas, como a UPA Boa Vista e UPA Cajuru. Cabines com conexão direta para teleatendimento de casos leves serão instaladas em algumas UPAs, e as unidades poderão servir como unidades de retaguarda dos hospitais do SUS Curitibano, oferecendo leitos para internamento hospitalar, conforme necessário.

Diante da persistente pressão sobre o sistema de saúde, essas medidas visam garantir que todos os pacientes recebam a assistência necessária, mesmo em meio a esse período desafiador.

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