A Polícia Civil do Paraná confirmou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6), que Jhonatan Barros Cardoso, de 27 anos, suspeito de assassinar o jornalista Cristiano Luiz Freitas, de 48 anos, já possuía uma condenação por roubo e extorsão. Ele foi preso em agosto de 2024 e solto em 13 de fevereiro deste ano, por decisão da juíza Fernanda Orsomarzo, da 8ª Vara Criminal de Curitiba.
Apenas cinco dias após ganhar a liberdade, Jhonatan teria feito mais uma vítima de extorsão na capital paranaense e outra no dia 25 de fevereiro. Segundo o delegado Ivo Viana, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), além dessas ocorrências, outras cinco vítimas já foram identificadas.
O suspeito foi preso novamente na manhã desta quinta-feira (6), em um flat no Centro de Curitiba.
Investigação da morte do jornalista Cristiano Luiz Freitas
Durante o interrogatório, Jhonatan exerceu o direito de permanecer em silêncio. O delegado Ivo Viana afirmou que o inquérito sobre a morte de Cristiano Luiz Freitas ainda está em andamento, pois há elementos pendentes na investigação, incluindo:
Ver essa foto no Instagram
- Perícia no computador da vítima
- Laudo oficial da causa da morte
Os primeiros indícios apontam que o jornalista foi encontrado com marcas de esganadura, além de estar com pés e mãos amarrados e uma fita na boca. No local do crime, não havia sinais de roubo.
Suspeito atraía vítimas por aplicativos e extorquia dinheiro
O delegado Fernando Zamoner, da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, explicou que Jhonatan agia atraindo vítimas por plataformas e aplicativos de encontros. O suspeito costumava iniciar conversas pelo WhatsApp e, ao marcar encontros, extorquia as vítimas sob ameaça de arma de fogo ou simulacro.
Ainda segundo as investigações, a maioria das vítimas era de homossexuais, e Jhonatan trabalhava como garoto de programa em alguns sites. Em um dos casos, uma vítima chegou a perder R$ 20 mil.
Atualmente, Jhonatan segue preso na Cadeia Pública de Curitiba.
Histórico criminal e soltura do suspeito
A condenação de Jhonatan ocorreu após um roubo cometido em agosto de 2024. Na ocasião, a vítima acionou a Polícia Militar e, por meio do rastreamento do celular roubado, os agentes conseguiram encontrar o suspeito em um pensionato no Centro de Curitiba.
Ao ser abordado, Jhonatan confessou o crime e devolveu os pertences e o dinheiro da vítima. Ele foi condenado a quatro anos, oito meses e 12 dias de prisão em regime semiaberto, pena que foi posteriormente reduzida para quatro anos, três meses e cinco dias.
A juíza Fernanda Orsomarzo decidiu revogar a prisão preventiva do condenado, permitindo que ele recorresse da sentença em liberdade, com base em uma jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Agora, com a nova prisão e as investigações em andamento, a polícia busca esclarecer todas as circunstâncias do crime e a possível conexão de Jhonatan com outras vítimas.






