O prefeito Rafael Greca apresentou ao governador Carlos Massa Ratinho Junior, em reunião na tarde desta quarta-feira (2/10), no Palácio Iguaçu, a proposta do município para a preservação de parte da paisagem fabril do imóvel de uma antiga cervejaria, na Avenida Getúlio Vargas, 262, onde o governo deverá implantar a Cidade da Polícia.
Pelo estudo apresentado pela Prefeitura, a área edificada a ser preservada tem 4.122 metros quadrados, que correspondem a 12% da área construída existente, entre as quais o edifício da diretoria, os silos de mantimentos, as áreas das antigas unidades de fabricação e laboratórios e os espaços da caldeira, geradores e a chaminé.
A proposta do município tem base na legislação do patrimônio na qual se enquadra a Unidade de Interesse de Preservação (UIP).
“Dá para manter o patrimônio e fazer uma praça evocando o primeiro plano urbanístico de Curitiba e ao mesmo tempo fazer a Cidade da Polícia”, disse o prefeito Rafael Greca.
A ideia é que o conjunto da estrutura preservada sirva de espaço de convivência e manutenção da história com uma praça em homenagem ao arquiteto e urbanista Alfred Agache, o criador do Plano de Urbanização de Curitiba no qual foi estabelecido o primeiro Distrito Industrial da cidade, entre outras linhas mestras de desenvolvimento.
“O mais importante é saber o que a gente pode fazer na área e o que nos atende dentro das necessidades da Cidade da Polícia”, destacou o governador Ratinho Junior.
Na reunião ficou definido que será dado sequência ao processo por meio dos órgãos técnicos do município e Estado, seguindo os trâmites legais, para que seja possível o governo avançar na elaboração dos projetos.
Cidade da Polícia
A área destinada às futuras edificações da Cidade da Polícia é de 41.550 m², correspondente a 88% do total. Nesse espaço, conforme o estudo de massa apresentado pela Prefeitura, estarão contemplados um edifício administrativo, com três pavimentos e 31.050 metros quadrados, mais o edifício central, com sete pavimentos e heliponto, em uma área de 10.500 metros quadrados.
O complexo industrial cervejeiro (Cervejaria Gloria e Atlântica), localizado na Avenida Getúlio Vargas, 262, é Unidade de Interesse de Preservação (UIP) de paisagem fabril cadastrada em 6 de maio de 2016, sob o amparo da Lei Nº 14.794, de 22 de março de 2016, que dispõe sobre a proteção do patrimônio cultural do município de Curitiba.
A estrutura fabril foi construída e inaugurada em 1912 como Cervejaria Atlântica, por Carlos Henn e Henrique Jens, que constituíram a empresa Henn & Jens.
Em dezembro de 1941, a Companhia Cervejaria Brahma assumiu o controle da Atlântica e adquiriu as instalações em Curitiba, criando sua filial paranaense, onde ficou até a transferência da fábrica, em 2016, já sob o controle da Ambev, para o município de Ponta Grossa (Campos Gerais).
Também participaram da reunião, o vice-prefeito Eduardo Pimentel, o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Rômulo Marinho Soares, o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur, e a secretária da Comunicação Social da Prefeitura, Mônica Santanna e o vereador Pier Petruzziello.