A Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba vai ampliar o atendimento gratuito a gatos potencialmente acometidos pela esporotricose, doença causada por fungos e transmitida entre animais e humanos. Considerada a micose subcutânea mais prevalente no mundo, a esporotricose pode ser transmitida por arranhões e mordidas de animais infectados.
Um contrato firmado entre a Prefeitura e a Clínica Veterinária Escola da PUCPR vai permitir a realização de consultas gratuitas. Os atendimentos começam no dia 10 de setembro, na unidade localizada na Rua Rockefeller, 1.311, no bairro Rebouças. Para participar, é necessário agendamento prévio pelo site da Rede de Proteção Animal, na área de eventos. As agendas serão abertas no dia 1º de setembro, a partir das 12h.
Segundo o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, a iniciativa representa mais um avanço nos serviços oferecidos pela Rede e está alinhada ao conceito de saúde única. “O tratamento rápido ajuda a mitigar a propagação da doença, promovendo o bem-estar dos animais e evitando a disseminação do fungo para outros gatos, pessoas e até para o ambiente”, afirmou.
Além da parceria com a PUCPR, outros locais em Curitiba já oferecem consultas gratuitas para diagnóstico da esporotricose, como a Clínica Veterinária de apoio HPet e o Hospital Veterinário Municipal São Francisco de Assis. Neste último, os tutores podem retirar no próprio local o medicamento antifúngico prescrito para os animais. A Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde, também distribui o remédio gratuitamente mediante prescrição médico-veterinária.
A medida resulta de uma ação conjunta da Secretaria Municipal da Saúde e da Secretaria do Meio Ambiente, por meio da Rede de Proteção Animal. O trabalho integra ainda outras frentes de atuação, como o programa de castração gratuita. Desde janeiro, já foram realizadas 24 mil cirurgias, sendo 13 mil em gatos. A meta é chegar a 100 mil castrações até 2028.
