Energia sustentável, menos poluição e economia de recursos. Em um ano de operação, os painéis solares instalados no telhado da sede da Prefeitura foram responsáveis pela geração de 205 MWh, energia limpa que resultou em 28 toneladas a menos de CO2 (gás carbônico) na atmosfera.
Os painéis foram instalados no ano passado por ocasião do Dia do Meio Ambiente, que é celebrado sempre em 5 de junho. “Estamos comprovando as vantagens de se utilizar a energia que vem do sol”, destacou o prefeito Rafael Greca, ao comemorar o primeiro ano de funcionamento dos painéis.
Além do benefício para o meio ambiente – o CO2 que deixou de ir para a atmosfera equivale ao “trabalho” de 200 árvores – há resultados financeiros positivos. O município economizou R$ 106 mil nos custos de energia elétrica. Isso significa uma economia equivalente a 38% na conta de luz do Palácio 29 de Março. É como ter economizado o equivalente a quatro meses no consumo médio do ano da Prefeitura.
Fruto de parceria entre o município e a Copel, os 439 painéis solares começaram a produzir energia no dia 5 de junho. Com isso, foi reduzida a demanda por “energia normal” consumida da Copel. Quando há excedente na produção dos painéis, a geração entra na rede de distribuição chamada Smart Grid, e o valor é abatido da conta do município.
De acordo com a Copel, o projeto é um dos maiores já viabilizados por meio do programa de eficiência energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no Estado.
Estrutura
Os dados da produção de energia são fornecidos pelo monitor Shine Monitor, também disponível por aplicativo para smartphone e podem ser conferidos no aparelho instalado no hall do prédio central.
Outras iniciativas
A instalação dos painéis faz parte do programa Curitiba Mais Energia, que ainda contempla casas entregues pela Companhia de Habitação Popular (Cohab), o Cohab Solar, no Moradias Faxinal, no Santa Cândida. A ideia é que mais conjuntos sejam atendidos pelo programa.
A ampliação das iniciativas está sendo desenvolvida. Curitiba recebeu US$ 1 milhão do C40 Cities Finance Facility, entidade internacional voltada a projetos de sustentabilidade ambiental. O dinheiro servirá para estruturar o projeto de instalação de painéis no antigo e desativado aterro sanitário da Caximba.
Outra medida de energia limpa é a Central Geradora Hidrelétrica no Parque Barigui, uma doação da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch), que está em operação desde outubro do ano passado.
A CGH Nicolau Klüppel, em homenagem ao engenheiro que instituiu os lagos dos parques como medidas de contenção de cheias, tem capacidade de gerar cerca de 21.600 kWh /mês, o que equivale à metade da energia consumida em todo o Parque Barigui mensalmente. A mesma quantidade seria capaz de suprir o consumo energético de 135 residências médias, com famílias de quatro pessoas.