O 12º Batalhão da Polícia Militar do Paraná decidiu manter o efetivo que atende a área central de Curitiba exclusivamente feminino, nesta sexta-feira, 8 de Março. O policiamento de radiopatrulha é feito por mulheres. A iniciativa busca valorizá-las. Todas as policiais da unidade, tanto do serviço operacional quando do administrativo se reuniram as 6 horas no batalhão e, desde então, estão nas ruas do centro da capital atendendo ocorrências.
A ideia partiu das próprias policiais e contou com o apoio de todos os integrantes do batalhão, no sentido de reafirmar a importância da mulher e mostrar que ela pode exercer qualquer profissão, inclusive a que tem risco, sem preconceito ou diferenciação. “É uma forma de dizer que as mulheres podem exercer de forma plena e perfeita a profissão que escolheram”, explicou o Comandante do 12º Batalhão, tenente-coronel Valmor Anderson Pereira.
Comandadas pela tenente Arianeh Gracieli Bonato Kizlek, que diariamente comanda a Rondas Ostensivas Tático Motorizado (ROTAM), as policiais fazem abordagens policiais na busca por armas, drogas, foragidos da justiça, combatem outros crimes ou delito, além de atenderem chamados do 190.
Nas primeiras horas já fizeram patrulhamento nos eixos principais do centro da cidade, bem como abordagens nas vilas Parolim e Torre. “Hoje os principais eixos e bairro da cidade estão sendo patrulhados por viaturas da Radiopatrulha compostas exclusivamente por policiais femininas. É uma atividade que as policiais já desenvolvem diariamente, mas em bairros diferentes, em dias diversos e junto com homens. Nesta sexta-feira é diferente”, diz a tenente Arianeh Gracieli.
DESTACAR – A tenente explica que as escalas de serviço foram modificadas de forma a destacar o trabalho das mulheres. “Não é uma homenagem só para as mulheres policiais do Paraná, mas para todas as mulheres da sociedade. É uma forma de demonstrar que a mulher pode exercer a atividade que ela quiser”, afirma. “É um processo natural da mulher ocupar espaços no mercado de trabalhoA tendência é aumentar cada vez mais nossa quebra de barreiras,”
Para a soldado Isadora Aparecida Sprengoski do Nascimento, a iniciativa mostra que as mulheres da corporação têm capacidade como a dos homens para exercer a função. “Acho que é boa a imagem da corporação que insere as mulheres. Isso reflete na sociedade. Somos capazes”, resume a policial que também atua na Rotam e tem três anos de serviço na PM. INo dia a dia as policiais trabalham ladeadas com os policiais homens em todos os tipos de atividade, como radiopatrulha, operações ou até mesmo Rotam, tropa que atua em situações diferenciadas e de maior risco.