A Polícia Federal revelou detalhes de um plano para capturar e assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que foi abortado na última hora em dezembro de 2022. A operação clandestina, planejada por militares das Forças Especiais, incluía táticas avançadas de guerrilha e espionagem, mas foi interrompida devido a um imprevisto no cronograma do STF.
No dia marcado para a ação, 15 de dezembro de 2022, militares posicionaram-se próximos ao STF e à residência do ministro em Brasília, utilizando veículos alugados e comunicações via aplicativo de mensagens com codinomes de países, como “Áustria”, “Japão” e “Gana”. O plano foi cancelado quando um julgamento no Supremo terminou antes do previsto, levando os envolvidos a ordenarem o recuo imediato.
Mensagens interceptadas pela PF mostram o momento em que a ordem de abortar a operação foi emitida. “Cancelar jogo” e “Áustria, vai para local de desembarque” foram algumas das instruções trocadas no grupo. Para evitar rastros, os envolvidos deixaram os locais de forma discreta, alguns a pé.
A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão contra quatro militares envolvidos, incluindo o general da reserva Mário Fernandes e três tenentes-coronéis. As investigações também indicam que o grupo usou técnicas militares para disseminar fake news sobre as urnas eletrônicas, tentando desestabilizar o ambiente político e fomentar um golpe.
O caso segue sob investigação, e as defesas dos acusados ainda não se pronunciaram.