Piloto paranaense que ficou 13 dias perdido na Amazônia morre um ano depois em segunda queda de avião

O piloto paranaense Otávio Augusto Munhoz da Silva, 38 anos, que ganhou as manchetes no ano passado por sobreviver a uma queda de avião e vagar durante 13 dias pela floresta amazônica, morreu em um novo acidente aéreo. O incidente ocorreu na região do município de Mucajaí, no Sul de Roraima, e foi confirmado neste domingo (3) pela Polícia Civil.

Desaparecido e Encontrado

Otávio estava desaparecido desde o dia 28 de agosto, após o avião que pilotava cair na região de mata na vila Samaúma. A irmã do piloto registrou um boletim de ocorrência no dia 1° de setembro, preocupada com o sumiço do irmão. Este é o segundo acidente aéreo que Otávio sofre em menos de um ano, o primeiro ocorrendo em setembro de 2022.

Rota Perigosa

Segundo informações da família, Otávio atuava como piloto particular e fazia táxi aéreo na região de Boa Vista, capital de Roraima. É importante ressaltar que Samaúma é uma rota conhecida por ser frequentada por garimpeiros ilegais que acessam a Terra Yanomami. Embora ainda não esteja claro se a atividade de garimpo tem alguma relação com o acidente, essa é uma das linhas de investigação da Polícia Civil.

Investigação e Sepultamento

O corpo de Otávio foi removido ao Instituto de Medicina Legal (IML) e liberado aos familiares no sábado (2). O translado do corpo está sendo feito para Londrina, no Paraná, onde será sepultado. Enquanto isso, a Polícia Civil continua a investigar as circunstâncias que levaram à queda do avião.

Sobrevivente que Não Teve Segunda Chance

Em 2022, Otávio foi encontrado vagando pela floresta amazônica após passar 13 dias desaparecido. Naquela ocasião, ele sobreviveu a uma queda de avião e foi encontrado por um homem local enquanto procurava ajuda. O caso chocou o país e levantou questões sobre a segurança das rotas aéreas na região amazônica.

O novo acidente serve como um trágico lembrete dos riscos associados a voar em algumas das áreas mais remotas e desafiadoras do Brasil. O país aguarda ansiosamente mais informações sobre a investigação em curso.