Uma pesquisa recente realizada pelo site Reclame Aqui, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), revelou que mais da metade dos consumidores brasileiros é favorável ao retorno do horário de verão em 2024. O estudo, que contou com a participação de 3 mil pessoas, aponta que 54,9% dos entrevistados defendem a volta da política de adiantamento dos relógios. Com base nesses dados, a Abrasel enviou, na última segunda-feira (16), uma carta ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apresentando argumentos favoráveis à reinstauração do horário de verão no Brasil.
A pesquisa, que possui uma margem de erro de dois pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%, foi realizada de forma online e revelou uma divisão clara entre aqueles que são a favor e contra a volta do horário de verão, uma política que esteve vigente em boa parte do Brasil até ser suspensa em 2019. Segundo o levantamento, 41,8% dos entrevistados se declararam totalmente favoráveis ao retorno da mudança de horário, enquanto 13,1% afirmaram ser parcialmente favoráveis. Já 25,8% dos participantes se mostraram totalmente contrários à ideia, e 16,9% indicaram indiferença em relação ao tema.
A adesão ao horário de verão é mais expressiva nas regiões onde a prática já era comum. No Sul do país, 60,6% dos entrevistados se mostraram favoráveis ao adiantamento dos relógios, com 52,3% totalmente a favor. No Sudeste, 56,1% apoiam a medida, sendo 43,1% totalmente favoráveis. Já no Centro-Oeste, o apoio é um pouco menor, com 40,9% dos entrevistados a favor, dos quais 29,1% são totalmente favoráveis.
O levantamento também procurou entender a percepção dos brasileiros sobre os possíveis impactos do horário de verão em áreas como saúde, lazer e turismo. Em relação à saúde, 36,1% dos participantes afirmaram que a mudança no horário influencia positivamente o bem-estar, enquanto 22,8% indicaram que o horário de verão afeta a saúde de forma negativa. Um número expressivo, 35,5%, afirmou que a mudança de horário não faz diferença nesse aspecto.
No quesito lazer, 47,9% dos entrevistados declararam que a extensão do horário diurno proporciona mais tempo para atividades recreativas, enquanto 39,6% não notaram diferença. Apenas 8,4% afirmaram não realizar atividades de lazer, independentemente do horário em vigor.
Outro aspecto abordado pela pesquisa foi a prática de atividades físicas. Para 46,1% dos participantes, o horário de verão oferece mais disposição para a prática de exercícios, enquanto 36,7% não perceberam qualquer mudança. O turismo também foi tema da consulta: 41,7% dos entrevistados disseram que as cidades onde residem se tornam mais atrativas para o turismo com o horário de verão em vigor, ao passo que 43,6% afirmaram não notar diferença nesse sentido.