Uma pesquisa conduzida pelos economistas Jan Kabátek, da Universidade de Melbourne, na Austrália, e David Ribar, da Universidade de Geórgia, em Atlanta (EUA) aponta que o risco médio de divórcio quando a primeira filha do casal é menina é cerca de 5% maior em comparação com casais cujo primeiro filho é do sexo masculino.
Esse feito é contabilizado apenas durante a fase da adolescência -de 13 a 18 anos, já que a probabilidade é maior, com 9,3%, quando a garota tem 15 anos.
O estudo avaliou quase 3 milhões de registros matrimoniais na Holanda de 1971 a 2015. Para Jan Kabátek, o estudo é inédito em demonstrar essa relação idade-específica de maior risco de divórcio quando comparados os gêneros dos filhos.
“O argumento frequente de preferência por filhos homens não condizia com nossas observações. A relação idade-específica é importante porque invalida essa visão de preferência por filhos homens; em vez disso, os dados apontam para uma explicação mais plausível, a de relações familiares conturbadas, possivelmente por conflitos envolvendo papéis de gênero.”, explicou.