Uma tragédia abalou a Região Metropolitana de Curitiba no último domingo, quando uma mãe e seus dois filhos perderam a vida devido a um choque elétrico no parque aquático de Rio Branco do Sul. O incidente, que deixou também outras 10 pessoas feridas, ocorreu após um cabo de alta tensão se romper e cair dentro de uma das piscinas durante um vendaval, afetando diretamente 20 banhistas presentes.
O delegado Gabriel Fontana, responsável pela investigação, revelou que o parque operava ilegalmente, sem o necessário alvará de funcionamento. Surpreendentemente, o local estava registrado apenas para atividades de limpeza. A partir desta terça-feira, testemunhas começarão a ser ouvidas pela Delegacia de Rio Branco do Sul, em um esforço para esclarecer as circunstâncias que levaram ao acidente.
Entre as vítimas fatais estavam Roseli da Silva Santos, de 41 anos, sua filha Emily Raine de Lara, de 23 anos, que esperava um filho, e o adolescente Agner Cauã Coutinho dos Santos, de 17 anos. A Prefeitura informou que outras 10 pessoas buscaram atendimento no hospital municipal, enquanto quatro feridos que estavam no Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba, já receberam alta.
A investigação policial ganhou reforço com duas vistorias no local, uma realizada no dia do acidente e outra em colaboração com técnicos da Copel, companhia elétrica local, nesta segunda-feira. Revelou-se que a piscina foi construída sob uma rede de alta tensão, um detalhe alarmante que sublinha a gravidade da negligência por parte do estabelecimento.
A Copel, por meio de uma nota, explicou que a queda do cabo foi provocada por um vendaval que atingiu mais de 60 km/h, destacando que a rede elétrica afetada foi instalada na década de 1980 e é submetida a manutenções frequentes e contínuas.
Em resposta ao acidente, a empresa responsável pelo parque aquático expressou seu apoio às famílias afetadas e anunciou o fechamento definitivo do local, uma medida que, embora necessária, chega tarde para as vidas perdidas e as marcas deixadas na comunidade local. Este trágico evento serve como um doloroso lembrete da importância da regulamentação e fiscalização rigorosa de locais de lazer para garantir a segurança de todos.