A Polícia Civil de São Paulo incluiu o pai de Vitória Regina de Sousa, jovem de 17 anos brutalmente assassinada em Cajamar, na lista de suspeitos do crime, conforme informações divulgadas pela CNN. Carlos Alberto Souza passou a ser investigado após apresentar contradições e um comportamento considerado “estranho” durante as primeiras diligências do caso.
A adolescente foi encontrada morta no dia 5 de março, nua e em avançado estado de decomposição, com sinais de violência. Durante o inquérito, a polícia descobriu que, após o crime, Carlos Alberto teria solicitado um terreno ao prefeito de Cajamar, Kauan Berto (PSD), no primeiro encontro entre eles, fato que levantou suspeitas entre os investigadores.
A defesa do pai da vítima classificou a decisão como “absurda” e afirmou que está tomando medidas para reverter a inclusão de seu cliente na lista de investigados.
Enquanto a apuração segue, outro suspeito, identificado como Maicol, teve sua prisão mantida após audiência de custódia realizada no domingo (9). A Justiça considerou que há “fortes indícios” de sua participação no crime, com base no depoimento da esposa, que contradisse a versão apresentada por ele. Maicol afirmou que estava em casa na noite do desaparecimento de Vitória, em 26 de fevereiro, mas sua companheira alegou que passou a noite na casa da mãe.
Além disso, a polícia destaca que um Toyota Corolla, veículo de Maicol, foi visto na cena do crime e vizinhos relataram movimentações suspeitas em sua residência na noite do ocorrido. A Justiça autorizou buscas na casa do suspeito e a quebra de sigilo de seus dispositivos eletrônicos para aprofundar as investigações.
Outro homem chegou a ter a prisão temporária solicitada pela polícia, mas a Justiça negou o pedido, permitindo apenas a realização de buscas e apreensão de materiais em sua residência.
Nos próximos dias, a Polícia Civil deve ouvir novas testemunhas para esclarecer os fatos e definir o real envolvimento dos suspeitos no assassinato de Vitória Regina.
