Começou as obras no entorno da Praça do Japão, em Curitiba. Às obras causaram mudanças no transito da região. O projeto vai criar uma área de manobra para os ônibus da linha Ligeirão. A avenida República Argentina foi fechada entre a rua Acyr Guimares e avenida Silva Jardim.
O local das obras foi alvo de uma polemica envolvendo os moradores da região. Eles são contra as mudanças e criaram o movimento SOS Praça do Japão. No domingo (18) os moradores da região se reuniram para abraçarem a Praça do Japão e para pedir que a população também abrace a causa e ajude a impedir que a Prefeitura de Curitiba faça as modificações.
Adequações
Para retornar com destino ao Terminal Santa Cândida, o novo Ligeirão contornará a Praça do Japão vazio e com velocidade reduzida, pelo sistema viário existente do entorno. Para isso, estão sendo executadas correções geométricas no entorno da praça e feitos acessos.
A Estação Bento Viana será o ponto final para o desembarque e embarque dos passageiros do Ligeirão Norte-Sul. Dimensionada para atender à demanda, ela tem 20 módulos e 53,9 m², enquanto uma estação convencional tem 18,9 m².
A Praça do Japão também ganhará o Largo Tomie Ohtake, onde será instalada uma escultura em homenagem à artista nipo-brasileira que é considerada a “dama das artes plásticas”. Toda a estrutura será incorporada ao conjunto da praça a partir do funcionamento da segunda etapa da linha Norte-Sul.
O projeto do contorno, pelo sistema viário existente, foi apresentado no plenário da Câmara de Vereadores e os detalhes do projeto enviados ao Ministério Público, atendendo a um pedido de informações. O projeto também foi objeto de reunião técnica das comissões de Direito à Cidade e de Direito Ambiental da OAB.
Há quatro anos
As obras do desalinhamento das estações-tubo da primeira etapa do Ligeirão Norte-Sul estão prontas desde 2014. “A população espera há quatro anos o retorno do investimento público de R$ 16 milhões feitos desde o Santa Cândida até a Praça do Japão. É obrigação da Prefeitura fazer com que alinha funcione”, afirma Magnabosco.
Os recursos para a obra já estavam previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2012, que contou com audiências públicas e foi aprovada pela Câmara Municipal. Em 2012, técnicos da Urbs também participaram, a pedido da comunidade local, de audiências públicas na Escola Santa Teresinha do Menino Jesus para apresentar o projeto da primeira etapa do Ligeirão Norte-Sul.
A Prefeitura já aprovou R$ 15 milhões junto à Caixa Econômica Federal para os projetos da Linha Direta Norte-Sul que permitirão a ultrapassagem do Ligeirão em cinco estações-tubo na ligação até o terminal do Portão.
Os projetos já aprovados são para as estações Silva Jardim, Dom Pedro I, Morretes, Carlos Dietzsch (Igreja do Portão) e Itajubá. A liberação dos recursos cabe ao governo federal. A partir disso, será possível licitar a obra e dar início à segunda etapa.
Com o funcionamento da segunda etapa da linha, os ônibus seguirão ao terminal do Portão sem fazer o retorno na Praça do Japão e o trecho aberto da estrutura da via para o funcionamento da primeira etapa da linha será incorporado à Praça.
Entenda o projeto