Na virada do prazo para filiações partidárias, uma figura veterana da política brasileira, o ex-petista de 83 anos, surpreendeu ao anunciar sua entrada no partido Mobiliza. Roberto Requião, um nome já conhecido no cenário político, escolheu o último momento possível para se registrar, uma jogada que tem agitado o ambiente político de Curitiba. Segundo Maria Ezi, presidente em exercício do Mobiliza, Requião se junta à legenda com ambições elevadas: disputar a prefeitura da capital paranaense ou, dependendo do desenrolar de disputas judiciais envolvendo Sergio Moro, candidatar-se ao Senado Federal em uma possível eleição suplementar.
O contexto dessa mudança é complexo. Sergio Moro, atualmente no partido União Brasil (UB), enfrenta um recurso do PT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, se bem-sucedido, pode resultar em novas eleições em Curitiba já no próximo ano. Requião, com sua vasta experiência política, surge como um potencial candidato de peso para preencher qualquer espaço que possa se abrir.
Além disso, o partido Mobiliza se prepara para a eleição municipal de 6 de outubro de 2024 com uma estratégia ambiciosa para a chapa de vereadores. Embora tenha 50 candidatos prontos, a legislação eleitoral permite que apenas 39 sejam efetivamente inscritos. A discrepância entre o número de candidatos e as vagas disponíveis é uma manobra preventiva para acomodar possíveis desistências. Essa tática sublinha a dinâmica sempre imprevisível das eleições municipais e o cuidado que os partidos menores, como o Mobiliza, devem ter ao planejar suas campanhas.