O advogado criminalista Claudio Dalledone Júnior foi condenado pela 1ª Vara Criminal de Paranaguá a uma pena de mais de 11 anos de prisão em um processo que investiga o desvio de recursos de indenizações destinadas a pescadores no litoral do Paraná. Embora a sentença determine o cumprimento da pena em regime inicial fechado, Dalledone poderá recorrer em liberdade, desde que utilize tornozeleira eletrônica.
A sentença, proferida pelo juiz Leonardo Marcelo Mounic Lago, condenou Dalledone por dois crimes distintos. A primeira condenação é por corrupção passiva, resultando em uma pena de 4 anos, 1 mês e 23 dias de reclusão. A segunda condenação, por lavagem de dinheiro, adiciona mais 7 anos de reclusão, totalizando uma pena de 11 anos, 1 mês e 23 dias. Além da prisão, o juiz impôs uma multa de R$ 14.238,00 ao advogado.
Apesar da gravidade das acusações, o juiz permitiu que Dalledone recorra da sentença em liberdade, considerando que ele respondeu ao processo em liberdade e não há motivos para sua prisão cautelar imediata. Contudo, enquanto aguarda a decisão do recurso, Dalledone deve cumprir medidas restritivas, como permanecer em sua residência das 22h às 6h.
A defesa de Claudio Dalledone Júnior expressou sua surpresa e discordância com a decisão judicial, afirmando que o advogado não tem qualquer envolvimento com os fatos investigados. Segundo nota oficial, Dalledone apenas exerceu sua profissão ao defender um dos réus no processo. A defesa confia que o Poder Judiciário do Paraná reverterá a condenação e esclarecerá a verdade sobre os fatos.
Além de Dalledone, outros 13 réus foram condenados no mesmo processo, com penas variando de 4 anos, 1 mês e 23 dias a até 22 anos, 11 meses e 14 dias de prisão. Todos eles também poderão recorrer em liberdade.
Confira a nota:
O advogado Claudio Dalledone Júnior manifesta total surpresa com o fato de estar incluido no rol da referida decisão já que ele não tem, absolutamente, qualquer relação com os fatos investigados.
Dalledone apenas atuou defendendo um escrivão e um advogado — 10 anos depois do fato investigado envolvendo os pescadores que foram vítimas de um esquema criminoso.
Dalledone exerce com retidão a advocacia há mais de 30 anos.
Dalledone nunca advogou para qualquer pescador. Dalledone está muito tranquilo e tem plena confiança que o Poder Judiciário do Paraná vai reverter esta decisão e trazer à tona a verdade sobre os fatos.
