Número de pessoas endividadas cai 7% no Paraná em 2025

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Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O Paraná registrou redução no número de pessoas que se declaram endividadas ao longo de 2025. Dados levantados pelos Cartórios de Protesto do estado mostram que 35% dos entrevistados afirmaram possuir algum tipo de dívida neste ano, índice que representa uma queda de sete pontos percentuais em comparação a 2024, quando 42% dos paranaenses relataram acúmulo de débitos.

Entre os principais fatores associados ao endividamento, o cartão de crédito permanece como o mais citado, presente na realidade de 34% das pessoas com dívidas. O levantamento também apontou crescimento expressivo nos débitos relacionados a crediários e carnês de lojas. Enquanto em 2024 apenas 2% dos entrevistados mencionavam esse tipo de dívida, em 2025 o percentual subiu para 12%.

O estudo indica mudanças no comportamento financeiro da população. Metade dos entrevistados afirmou ter reduzido gastos ao longo de 2025, número inferior ao registrado no ano anterior, quando 70% relataram cortes no orçamento. Mesmo com a redução, os dados sugerem maior atenção ao controle das despesas.

O receio de assumir novas dívidas está relacionado, principalmente, à insegurança no mercado de trabalho. O medo de perder o emprego foi apontado por 32% dos entrevistados como o principal fator para evitar novos compromissos financeiros. Entre os cortes realizados neste ano, destacam-se gastos com viagens ou planejamento de viagens, seguidos do cancelamento de serviços de TV por assinatura ou plataformas de streaming e da redução de despesas com restaurantes, bares e cinemas.

Outro ponto observado foi a diminuição do valor médio das dívidas. Em 2024, a faixa mais frequente estava entre R$ 2.001 e R$ 5.000. Já em 2025, a maioria dos entrevistados declarou débitos entre R$ 500 e R$ 1.000, o que indica uma reorganização financeira, embora o endividamento ainda esteja presente na realidade de parte da população.

O levantamento também identificou quais despesas mais impactam o orçamento dos paranaenses atualmente. Os gastos com alimentação lideram, citados por 44% dos entrevistados, seguidos por aluguel, com 25%, e combustível, com 21%. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil, com dados dos Cartórios de Protesto do Paraná, e ouviu 918 pessoas entre os dias 7 e 10 de novembro.

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