Capa Cred – Flavio Rocha
De 7 a 10 de setembro, ocorre a nova edição do maior evento de quadrinhos do Sul do Brasil, a edição da Bienal de Quadrinhos de Curitiba.
O evento, que está em sua sétima realização, será no Museu Municipal de Arte (MuMA), no Portão Cultural (Avenida República Argentina, 3430), reunindo convidados nacionais e internacionais, palestras, oficinas, debates, exposições, sessões de autógrafos, visitas guiadas, duelos de HQ e uma festa para reunir o público e convidados para celebrar a nona arte.
A edição apresenta o tema “Resistências, Existências: Quadrinhos e Corpos Plurais” e terá como homenageada a letrista Lilian Mitsunaga, responsável pelo letreiramento das edições brasileiras dos quadrinhos da Disney e criadora de fontes para edições brasileiras de obras como Will Eisner e Craig Thompson.
Entre os convidados internacionais, estão o jornalista sueco Fredrik Strömberg, presidente Associação Sueca de Quadrinhos; a quadrinista argentina Maria Luque, autora de “A Mão do Pontos”, HQ publicada no Brasil pela editora Lote 42; a francesa Coco Corine Ray, colaboradora da revista Charlie Hebdo; a ilustradora e cartunista sueca Joanna Rubin Dranger; e o quadrinista, jornalista e jazzista de Kosovo, Gani Jakupi.
Ainda marcam presença, Walkir Fernandes, fundador do Dogzilla Studio e codiretor de arte na série “O Menino Maluquinho” (Netflix); Rafaela Corsi (Karmaleão), quadrinista e ilustradora que trabalha com religiões de matriz africana e direitos humanos; Fulvio Pacheco, autista militante e coordenador da Gibiteca de Curitiba; TAI, artista visual e professora de Belém (PA), que cria com inspiração nas mulheres amazônidas; Ramon Vitral, jurado do Prêmio Jabuti 2022 e autor de reportagens em quadrinhos; Carol Ito, vencedora do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos de 2022, na categoria “Literatura e Artes Plásticas”; Marcelo D’Salete, autor de “Angola Janga” (2018), HQ vencedora do Prêmio Jabuti; Marília Marz, chargista do jornal Folha de S. Paulo; Vitorelo, autora do “Kit Gay”, sátira ilustrada com temas do universo LGBTQIA+; Sirlene Barbosa, vencedora do prêmio ecumênico do Festival de Angoulême pela obra “Carolina”, sobre a escritora Carolina Maria de Jesus; Gabriela Borges, fundadora do Mina de HQ, mídia independente e feminista sobre histórias em quadrinhos; e Rafa Campos, vencedor do prêmio “Europa Newspaper Award”, pelo seu trabalho no jornal Folha de S. Paulo.
Curadoria feminina
Parte importante da Bienal de Quadrinhos é a sua curadoria. A cada edição temática, um grupo de especialistas em quadrinhos (de diversas áreas) se reúne para pensar no perfil dos convidados e convidadas, nas ações e motes para debates e palestras. A edição de 2023 tem uma curadoria 100% feminina, composta por Mitie Taketani, proprietária da Itiban Comic Shop; Maria Clara Carneiro, pesquisadora, tradutora de quadrinhos e professora do departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UFSM; e Dandara Palankof, tradutora, editora no estúdio de produção editorial de super-heróis da Mythos Editora e coeditora da Revista Plaf, especializada em quadrinhos.
“A retomada dos encontros é essencial pra manter a esperança cada vez mais viva. É num espaço de trocas como a Bienal que nascem novas reflexões e perspectivas, não só sobre aquilo a que se dedica o evento e a expressões que nos são tão caras, mas que também transbordam para nossas vivências como um todo, que nos fortalecem para todas essas outras batalhas que precisamos travar”, diz a curadoria.
Confira a programação completa no site oficial: http://www.bienaldequadrinhos.com.br/