A pequena Isabela, 1 ano e 7 meses, tinha uma doença crônica e morreu na última quinta-feira (9). No entanto, o teste com resultado positivo para o coronavírus só foi revelado no fim de semana
A pequena Isabela é uma das vítimas mais jovens do coronavírus no Brasil. A pequena tinha apenas 1 ano e 7 meses e morava no município de Cerro Corá, interior do Rio Grande do Norte. Segundo a família, a menina nasceu prematura e logo recebeu o diagnóstico de encefalopatia crônica. Por causa disso, ela se alimentava por sonda e tinha uma traqueostomia. Foram longos 12 meses de UTI e o restante dos meses em uma enfermaria.
Na tentativa de levar a menina para casa, a família chegou a criar uma vaquinha online. O dinheiro seria usado para montar um quarto estruturado para receber a pequena. No entanto, Isabela conseguiu passar apenas onze dias com a família. “Ela teve condições de vir pra casa se despedir dos irmãos, do pai, da casa e do interior. Ela nunca tinha vindo em casa. Ela passou onze dias e, então, começou a dormir. Passou três dias dormindo. Procurei o hospital e eles, em nenhum momento, negaram atendimento. Vieram e consultaram ela”, conta a mãe, em suas redes sociais. Foram sete dias de internação até que, infelizmente, Isabela não resistiu e acabou morrendo no sábado (9).
MÃE FAZ ESCLARECIMENTO NAS REDES SOCIAIS
Neste domingo (12), Raimunda gravou um vídeo falando sobre a morte da filha. “No hospital, ela estava sendo tratada como caso suspeito, mas, até então, quando ela foi a óbito, os médicos disseram que ela pegou uma pneumonia, mas não acreditavam que fosse coronavírus. Ontem (11) de manhã, quando liguei, me disseram que o teste dela havia dado positivo para influenza b e ficamos mais aliviados. Logo depois, eu fui para a rua e peço desculpa para as pessoas por isso. Eu ainda não sabia. Só fiquei sabendo depois das 15 horas que se tratava de coronavírus”, explicou.
“Peço que tenham compreensão e estejam conscientes do que houve. Estamos de quarentena, porém nenhum de nós tem sintomas de Covid-19. Não julguem, não critiquem, porque só sabe quem passa. Nós, os familiares, não tivemos nem o direito de ver o rosto de Isabela pela última vez”, lamentou. Nossa equipe entrou em contato com Raimunda. Ela disse que só pretende voltar a falar sobre o assunto após a quarentena, mas autorizou a divulgação da história.