O avanço na imunização contra a covid-19 em Curitiba mostra, na prática, o que os infectologistas estimavam na teoria: a vacinação não só reduz o risco individual de casos mais graves da doença, internamentos e mortes, como também protege coletivamente.
Um levantamento do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba aponta que o risco de contaminação pelo novo coronavírus é quase três vezes maior entre as pessoas que não se vacinaram do que entre aquelas com o esquema de proteção completo (duas doses ou a dose única do imunizante).
O estudo analisou as taxas mensais de contaminação (total de novos casos) de pessoas imunizadas e de não imunizadas entre março – quando a cidade começou a completar o esquema vacinal da população – e novembro deste ano. A razão entre as taxas dos dois grupos apontou que os não imunizados se contaminaram 2,7 vezes mais, na média do período avaliado.
“A partir do momento que Curitiba passou a ter mais pessoas vacinadas do que não vacinadas, além da proteção individual contra quadros mais graves da doença, o imunizante também passou a contribuir para a redução da circulação do vírus”, diz o epidemiologista da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Diego Spinoza.
Os altos índices de vacinação na população elegível para receber o imunizante (12 anos ou mais) criam uma barreira de proteção que dificulta o acesso do vírus que contempla também aqueles que ainda não foram vacinados.
“Vacinas salvam vidas há décadas e com a covid-19 não poderia ser diferente. Por isso, nas reuniões e festas deste fim de ano, estar vacinado é um presente que dá proteção a si próprio e ao outro”, destacou a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.