Em um episódio inesperado Dayanara Spring, uma mulher de 30 anos, se deparou com uma situação inusitada ao tentar registrar um boletim de ocorrência em Curitiba. Ao buscar assistência após perder sua carteira de identidade, ela foi surpreendida ao descobrir que seu nome constava como desaparecido no banco de dados da Polícia Civil há mais de uma década.
O caso, que remonta a 2008, quando Dayanara tinha apenas 13 anos, começou quando ela fugiu de casa, onde morava com uma tia. Na época, a tia registrou um boletim de ocorrência informando sobre o desaparecimento. No entanto, a jovem retornou para casa poucos dias depois, e sua vida seguiu normalmente. Curiosamente, durante todo esse tempo, Dayanara não teve ciência do registro que a mantinha como desaparecida. Ela obteve carteira de motorista, casou-se, teve filhos e até fez um passaporte sem que esse detalhe fosse mencionado.
Ao relatar a situação em um vídeo nas redes sociais, Dayanara expressou sua perplexidade. Para regularizar sua situação, foi necessário que ela se dirigisse à Delegacia de Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Paraná para esclarecer que não estava desaparecida. A mulher refletiu sobre a gravidade da situação, questionando: “E se realmente eu tivesse desaparecida? 11 anos em uma lista de pessoas desaparecidas e ninguém foi atrás, ninguém deu a mínima?”.
Os dados oficiais sobre desaparecimentos no Brasil são alarmantes. Segundo o Anuário da Segurança Pública 2024, o país possui mais de 80.317 pessoas desaparecidas. O caso de Dayanara, no entanto, não é o mais comum, já que, ao encontrar uma criança desaparecida, seu nome deveria ser retirado imediatamente do sistema.