Eliara Paz Nardes, de Guarapuava, nos Campos Gerais do Paraná, foi condenada a 64 anos de prisão pelo assassinato brutal de seus dois filhos, Alice, de 10 anos, e Joaquim, de 3 anos. O julgamento, realizado na última terça-feira (5), atraiu grande atenção devido à natureza trágica do crime.. O júri popular, composto por cinco mulheres e dois homens, condenou Eliara por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Entretanto, a acusação de fraude processual foi descartada, e ela foi absolvida dessa imputação.
O caso, que abalou Guarapuava e cidades próximas, ocorreu em agosto de 2022, quando Eliara tirou a vida das crianças dentro do próprio apartamento, localizado no centro da cidade. De acordo com o que foi apurado durante o julgamento, Eliara teria sufocado o filho mais novo, Joaquim, com um travesseiro, enquanto Alice teria sido estrangulada com um cachecol. Após cometer os crimes, ela permaneceu com os corpos no local por 14 dias, sem reportar os assassinatos.
O desfecho começou a se desenhar no dia 27 de agosto de 2022, quando Eliara telefonou para um amigo advogado, relatando o ocorrido e afirmando ter tirado a vida dos filhos. O advogado imediatamente acionou a polícia, que encontrou as crianças sem vida no apartamento. Os corpos estavam no quarto da mãe, cobertos em cima da cama, evidenciando o longo tempo em que permaneceram ali antes de a mãe decidir confessar.
No tribunal, detalhes adicionais vieram à tona, reforçando o cenário trágico que levou ao crime. Em depoimento anterior, Eliara mencionou que estava exausta com a responsabilidade de criar os filhos sozinha e que, após os assassinatos, considerou tirar a própria vida. Com familiares residentes em Santa Catarina, Eliara alegou que o isolamento e a sobrecarga foram fatores que contribuíram para a situação.
Após a sentença de condenação, Eliara foi encaminhada de volta para a penitenciária feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, onde deverá cumprir a pena de 64 anos, 10 meses e seis dias de prisão, conforme definido pelo tribunal.
