O caso envolvendo um menino de nove anos que invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais no Paraná está sendo investigado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), que também alertou sobre a punição para aqueles que enviarem mensagens de ódio direcionadas à criança ou à sua família. O fato, que aconteceu no último fim de semana em Nova Fátima, foi noticiado pela Itatiaia e chocou a comunidade local.
De acordo com uma nota enviada pelo MPPR à Itatiaia, a Promotoria de Justiça de Nova Fátima está conduzindo a apuração do caso. Na última terça-feira (15), o Ministério Público abriu um procedimento para investigar o ocorrido. Além disso, o Conselho Tutelar já está monitorando a situação, e uma equipe multidisciplinar, a ser designada pelo Judiciário, acompanhará a criança. O caso, por envolver um menor de idade, está sendo tratado sob sigilo judicial.
Detalhes do crime
O crime aconteceu apenas um dia após a inauguração do hospital veterinário. No domingo (13), o menino invadiu o local e, segundo o Boletim de Ocorrência, matou 23 animais, incluindo 15 coelhos. Câmeras de segurança capturaram as cenas, mostrando atos de extrema violência, como arremessar os animais contra a parede e mutilá-los.
O menino vive com a avó e, segundo as informações apuradas, não apresenta histórico de violência. A complexidade do caso chamou a atenção das autoridades locais, que agora se concentram em oferecer apoio psicológico e social à criança, além de investigar as causas do ato.
Sem implicações criminais
Por se tratar de uma criança com menos de 12 anos, o caso não gera implicações criminais, conforme previsto na legislação brasileira. Em resposta à Itatiaia, a Polícia Civil do Paraná informou que não conduzirá uma investigação formal, sendo o caso tratado exclusivamente pelo Conselho Tutelar e pelo Ministério Público, com a assistência de equipes especializadas.
Punição para as mensagens de ódio
Outro aspecto relevante do caso são as mensagens de ódio direcionadas à criança e à sua família desde que o crime se tornou público. O MPPR confirmou à Itatiaia que esses ataques virtuais também estão sendo investigados. A Promotoria de Justiça de Nova Fátima destacou que já recebeu algumas dessas mensagens e que os envolvidos podem ser responsabilizados judicialmente.
“Serão apurados alguns casos de mensagens de ódio dirigidas à criança e sua família, que já chegaram à Promotoria, para eventual responsabilização dos envolvidos”, afirmou o MPPR em nota.