Segundo denúncia, a paciente atendeu em clínicas veterinárias e participou de festa no período em que deveria estar em quarentena
O Ministério Público do Paraná (MPPR) pediu a prisão domiciliar ou aplicação de alguma multa restritiva contra uma veterinária de 33 anos, moradora de Foz do Iguaçu. Ela foi a primeira paciente diagnosticada com coronavírus na cidade e não cumpriu o período de quarentena, mesmo sob suspeita de infecção da Covid-19.
De acordo com a 9ª Promotoria de Foz do Iguaçu, a mulher chegou a participar de uma festa com 200 pessoas após chegar de uma viagem ao Reino Unido, quando começou a sentir os sintomas da doença.
Como os sintomas apresentados eram leves, não foi necessária internação. O MPPR também sustenta que a paciente continuou trabalhando normalmente tanto em Foz do Iguaçu, quanto na cidade próxima de Santa Terezinha de Itaipu.
O promotor Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva, que pediu a punição da veterinária, afirmou que após o caso suspeito ser confirmado, várias pessoas que estiveram no evento ficaram preocupadas de terem sido contaminadas com o novo coronavírus.
Medidas cautelares
O juiz Alexandre Waltrick Calderari, substituto da 3ª Vara Criminal, determinou, na tarde desta segunda-feira (23), "medidas cautelares diversas" à paciente.
A requerida deve observar medidas cautelares que, se não forem cumpridas, autorizarão a decretação de prisão preventiva ou de sua substitutiva prisão domiciliar. As medidas incluem suspensão do exercício de sua atividade, recolhimento domiciliar, proibição de acesso ou frequência a locais públicos ou privados que sejam frequentados por outras pessoas, proibição de manter contato pessoal próximo com qualquer outra pessoa e proibição de ausentar-se da comarca.