Bares e casas noturnas aumentaram 50% do movimento e contrataram 20% colaboradores temporários no carnaval
A festa mais popular do Brasil trouxe à tona novamente um problema crônico e que pode causar sérios problemas a saúde das pessoas: a venda e o consumo de bebidas falsificadas e sem procedência
O setor de gastronomia e entretenimento fechou o carnaval 2025 com bons motivos para comemorar. O calor intenso nos dias da principal festa popular brasileira resultaram num aumento de 50% nas vendas de bares e casas noturnas de Curitiba, gerando um aumento de 20% na contratação de mão de obra temporária, comemorou Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e da Federação Paranaense de Turismo (Feturismo).
“Quem abriu para o público nos últimos dias, atraiu um grande número de turistas e de moradores de Curitiba e da região metropolitana, que fugiram das grandes aglomerações e transtornos de estrada e viagem”, ressaltou Aguayo. As lanchonetes e bares de clubes sociais da capital sentiram aumento de publico e consumo de associados, revivendo o movimento do período anterior a pandemia.
“As atrações programadas pelos estabelecimentos e eventos públicos da cidade e a tranquilidade de sempre, se tornaram o principal atrativo”, disse o presidente das entidades, que são filiadas a Confederação Nacional de Turismo (CNTur). “A pesquisa que 70% das pessoas não se deslocaram das cidades é verdadeira”, ressaltou Aguayo, ao citar um levantamento feito pelo instituto Hibou.
Público diferenciado
De acordo com os dados, 69% das pessoas informaram que iriam ficar em casa. Em comparação com edições anteriores, o desejo de ocupar a cidade, seja nos bloquinhos ou indo a parques e shoppings aumentou. Aproximadamente 7% dos participantes afirmaram que iriam pular bloquinhos de rua. “Quem abriu e fez programação diferenciada conseguiu atrair públicos distintos não acostumados a frequentar a casa”.
Esse mesmo público, ainda segundo ele, pode ajudar a manter o movimento nos bares e casas noturnas durante o ano e em suas próximas visitas a cidade. “A questão da ação policial com pessoas que querem ficar mais tempo na rua deve ser melhor tratada, em especial em locais como o Largo da Ordem, devem ter anéis de contenção e controle de revistas para armamentos e furtos, como é feito no réveillon de Copacabana”, ressaltou Fábio Aguayo.