O Tribunal do Júri de Curitiba condenou nesta semana o motorista de aplicativo Eduardo Rodrigues Menegildo a 21 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de uma mulher trans. O crime ocorreu em 14 de novembro de 2023, na Alameda Cabral, região central da capital paranaense.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), o acusado havia contratado um programa sexual com a vítima durante o turno de trabalho, mas se recusou a pagar o valor combinado. Após uma discussão, Eduardo esfaqueou a vítima no pescoço ainda dentro do veículo.
Mesmo gravemente ferida, a mulher conseguiu sair do carro e pedir ajuda em um karaokê nas proximidades. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu duas qualificadoras: motivo torpe, por se tratar de um crime movido por transfobia, e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A qualificadora de feminicídio foi apresentada, mas não foi acatada pelo júri.
Eduardo Rodrigues Menegildo já estava preso preventivamente e continuará detido. A Justiça determinou o início imediato do cumprimento da pena, sem a possibilidade de recorrer em liberdade. A sentença reforça o posicionamento do Judiciário em casos de violência motivada por preconceito de identidade de gênero.
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