Na última terça-feira, 1º de outubro, o mundo do entretenimento foi surpreendido com a notícia da morte de John Amos, renomado ator de 84 anos, conhecido por seu papel icônico como Cleo McDowell no clássico filme Um Príncipe em Nova York. Amos faleceu em Los Angeles no dia 21 de agosto, e a informação foi confirmada à imprensa nesta terça-feira. Seu representante comunicou que a causa da morte foi natural, e seu filho, Kelly Christopher Amos, compartilhou emocionadas palavras sobre o legado do pai.
Nascido em 27 de dezembro de 1939, em Newark, Nova Jersey, John Amos teve uma trajetória marcante tanto nas telinhas quanto nos palcos. Antes de sua carreira artística, Amos jogou futebol americano pela Colorado State University. No entanto, foi na atuação que encontrou seu verdadeiro propósito, conquistando fama internacional e a admiração de milhões de fãs ao longo de sua vida.
Amos estreou em um papel de grande destaque na série de TV Good Times, na década de 1970, interpretando James Evans, o patriarca de uma família afro-americana que lutava para sobreviver em um bairro de baixa renda em Chicago. Contudo, sua passagem pela série foi marcada por divergências criativas, especialmente em relação aos estereótipos retratados no programa, o que culminou na sua saída da produção. Ainda nos anos 70, Amos brilhou no papel de Gordon “Gordy” Howard, um meteorologista na popular série The Mary Tyler Moore Show, demonstrando sua versatilidade em papéis tanto cômicos quanto dramáticos.
Foi em Raízes, de 1977, que John Amos alcançou outro grande momento na carreira. Interpretando a versão mais velha de Kunta Kinte, o ator conquistou uma indicação ao Emmy por sua performance na minissérie baseada no aclamado livro de Alex Haley. O impacto cultural de Raízes foi imenso, trazendo à tona questões sobre a escravidão e a história afro-americana, e o papel de Amos foi central para o sucesso da produção.
Em 1988, Amos protagonizou um dos papéis mais queridos pelos fãs de comédia, ao interpretar Cleo McDowell, dono de um restaurante e pai da personagem de Shari Headley, em Um Príncipe em Nova York. O talento de Amos para a comédia trouxe leveza e carisma ao personagem, contrastando com os papéis dramáticos pelos quais já era conhecido. Seu desempenho marcou uma geração e fez de Cleo McDowell um dos personagens mais memoráveis da cultura pop dos anos 80.
Além desses trabalhos, Amos também participou de filmes como Duro de Matar 2 (1990) e fez aparições em séries como Um Maluco no Pedaço e The West Wing. Sua versatilidade como ator se destacou ao longo de cinco décadas de carreira, consolidando sua imagem como um dos artistas mais respeitados de sua geração.
Após a confirmação da morte, o filho de John Amos, Kelly Christopher Amos, compartilhou uma nota emocionada destacando o amor do pai por sua carreira: “Meu pai era um homem de coração gentil e generoso. Muitos fãs o consideravam um pai na televisão. Ele viveu uma boa vida, e seu legado continuará vivo por meio de suas obras excepcionais”, afirmou. Kelly também mencionou o último projeto de John, um documentário intitulado America’s Dad, que celebra sua trajetória na atuação.
Longe das câmeras, Amos escreveu, produziu e estrelou uma peça solo chamada Halley’s Comet, além de integrar o elenco da peça Gem of the Ocean, de August Wilson, na Broadway. Mesmo afastado das grandes produções, ele nunca abandonou sua paixão pelo teatro, demonstrando seu compromisso com a arte até os últimos anos de sua vida.