O cenário musical do Amapá e do Brasil foi abalado com a notícia do falecimento da cantora Dani Li, aos 35 anos, ocorrido nesta quarta-feira (24) em Curitiba. A artista, que se encontrava hospitalizada há uma semana devido a complicações pós-cirúrgicas, deixa um legado de talento e humildade que marcou profundamente a música regional.
Nascida na pitoresca Ilha de Marajó, em Afuá, Pará, Dani Li começou sua jornada artística aos cinco anos de idade, encantando plateias em shows de calouros. Sua voz e presença de palco a levaram ao estrelato, especialmente após a interpretação do hit “Eu Sou da Amazônia”, que se tornou um símbolo de sua carreira.
Além de sua voz inconfundível, Dani Li era conhecida por sua humildade e proximidade com as raízes amazônicas. Seu talento não apenas cativou fãs, mas também lhe garantiu a amizade de figuras importantes no cenário cultural, como o poeta e produtor amapaense Osmar Júnior. Osmar, que trabalhou de perto com Dani, expressou profundo pesar pela perda, enaltecendo a honestidade e dedicação inabalável da artista.
A tristeza pela partida precoce de Dani Li ecoou também nas esferas políticas. O vereador Marcelo Dias, conhecido por seu envolvimento com a cultura local, referiu-se à cantora como a “Musa da Amazônia”, ressaltando a importância de seu trabalho para a identidade musical da região. A Câmara Municipal de Macapá, em uma nota oficial, enfatizou o talento incomparável de Dani Li, destacando a grande lacuna que sua ausência deixa no cenário artístico.
A morte de Dani Li não é apenas a perda de uma cantora talentosa; é o adeus a uma voz que representava a alma da Amazônia, um espírito que vivia e respirava a cultura e a arte de sua terra. Seu legado permanecerá vivo nas melodias que ecoam pelas margens do Amapá, inspirando futuras gerações de artistas.