Durante coletiva no Hotel Pestana, em Curitiba, nesta sexta-feira (26), o senador Sergio Moro (União Brasil) foi questionado sobre as investigações envolvendo Antonio Rueda, presidente nacional do partido, citado na operação Carbono Oculto da Polícia Federal. O nome de Rueda surgiu após o depoimento de um piloto que mencionou aeronaves supostamente ligadas a ele em transporte de integrantes do crime organizado. Também foi lembrado o caso do empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, investigado por fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro.
Visivelmente irritado, Moro tomou a palavra no lugar de Cristina Graeml e respondeu de forma dura. “Primeiro, esse aqui é um movimento de renovação política no Paraná. Estamos diante de uma jornalista que se destacou enfrentando a corrupção, foi corajosa na eleição do ano passado, chegando praticamente sozinha ao segundo turno. Do outro lado, você tem aqui alguém que foi o único ministro da Justiça e Segurança Pública ameaçado pelo PCC no país, porque teve coragem de mexer onde ninguém tinha coragem de mexer”, declarou.
Sobre as acusações contra Rueda, Moro pediu cautela: “Vamos aguardar essas investigações. Essa testemunha que mencionaram é filiada ao PSOL. Não existe nenhuma solidez. E é curioso que essas denúncias surjam justamente quando o União Brasil abandona a base do governo”, afirmou.
O senador também criticou a forma como a Polícia Federal conduz as apurações atualmente: “Na época da Lava Jato, sempre tratávamos esses assuntos com a máxima transparência. Hoje em dia, é tudo sigiloso. A não ser quando a investigação envolve a oposição. Aí os fatos começam a aparecer e a ser vazados na imprensa”.
Moro encerrou pedindo que o foco voltasse ao anúncio da filiação de Cristina Graeml e sua pré-candidatura ao Senado em 2026. “Queremos focar na filiação, na pré-candidatura, na união e na coragem para enfrentar o que precisa ser enfrentado no Paraná e no Brasil”, concluiu.





