O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou uma série de medidas restritivas contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), durante uma operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta quarta-feira (2). As medidas envolveram a apreensão de passaporte, arma, e bens avaliados acima de R$ 10.000, ligados à parlamentar, além da quebra de sigilo bancário.
A operação faz parte de uma investigação mais ampla, que apura uma possível invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o propósito de inserir alvarás de soltura e documentos falsos, aparentemente direcionados contra o ministro Moraes.
Conforme a decisão do Ministro Moraes, foi autorizada a apreensão de bens, incluindo dinheiro, joias, veículos, obras de arte e outros objetos avaliados em mais de R$ 10.000. Além disso, a apreensão incluiu armas, munições, computadores, tablets, celulares, outros dispositivos eletrônicos e passaporte. Veículos presentes nos endereços relacionados à deputada também estiveram sujeitos à apreensão.
A decisão de Moraes não se limitou aos bens materiais. O ministro também concedeu autorização para a quebra de sigilo de computadores, celulares e arquivos digitais da deputada Zambelli. O sigilo bancário da deputada, de seus assessores e do hacker Walter Delgatti Neto, também foi quebrado por autorização do ministro. Delgatti Neto, conhecido por sua participação no episódio “Vaza Jato”, foi preso durante a operação desta quarta-feira.
O curso da investigação leva a crer que há suspeitas sobre os assessores da deputada Zambelli, supostamente envolvidos em pagamentos ao hacker Walter Delgatti Neto, com o objetivo de invadir os sistemas da Justiça. As consequências dessas alegações e ações autorizadas pelo ministro Moraes ainda estão por vir à tona.