Margarita Pericás Sansone, esposa do prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), faleceu nesta terça-feira (20) aos 79 anos, após uma batalha contra o linfoma, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático. A morte foi confirmada pela Prefeitura de Curitiba.
O linfoma é uma doença que se desenvolve no sistema linfático, composto por vasos e linfonodos que desempenham papel crucial no sistema imunológico, ajudando a defender o corpo contra infecções. Quando os linfonodos se tornam malignos, eles crescem de forma descontrolada, resultando em sintomas como caroços no pescoço, virilhas e axilas, além de febre, perda de peso e sudorese noturna.
Existem mais de 80 tipos de linfomas, divididos em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. A principal diferença entre eles está na morfologia das células doentes. Enquanto o linfoma de Hodgkin é caracterizado por células grandes e facilmente identificáveis, o linfoma não Hodgkin não possui um tipo celular específico. A causa exata do linfoma de Hodgkin ainda é desconhecida, mas se sabe que não é hereditária, sendo mais comum entre jovens de 25 a 30 anos.
O tipo exato de linfoma que levou ao falecimento de Margarita Sansone não foi divulgado pela família ou pelas autoridades. Entretanto, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) destaca que o linfoma não Hodgkin, em particular, tem apresentado um aumento significativo no número de casos, especialmente entre pessoas acima de 60 anos.
Segundo dados do Observatório de Oncologia, entre 2010 e 2020, foram registrados 91.468 casos de linfoma no Brasil, dos quais 74% foram diagnosticados como linfomas não Hodgkin. Homens representam 55% dos casos. O diagnóstico desta doença é complexo, muitas vezes exigindo uma combinação de procedimentos, como a remoção de linfonodos suspeitos e biópsias de medula óssea.
Embora ainda não existam métodos comprovados para prevenir o linfoma, o diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. A morte de Margarita Pericás Sansone deixa uma lacuna significativa, sendo lembrada por seu papel como primeira-dama de Curitiba e pelo legado que construiu ao lado de Rafael Greca.
O falecimento de Margarita ocorreu em um momento de crescente conscientização sobre o linfoma e suas implicações, sublinhando a importância de esforços contínuos na busca por tratamentos mais eficazes e diagnósticos mais precisos para essa doença desafiadora.