Neste domingo (24), a cidade de Curitiba será palco de mais uma edição da ‘Marcha da Maconha’, um evento anual que busca reunir adeptos e simpatizantes da causa para debater e reivindicar o fim da proibição e criminalização da substância. A concentração ocorrerá na conhecida Boca Maldita, localizada no centro da cidade, a partir das 14h. A marcha tem um percurso programado até a Praça do Gaúcho, com a saída prevista para as 16h20, horário simbólico que faz referência ao consumo da cannabis.
Os organizadores da marcha têm como objetivo principal pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para a retomada do julgamento sobre a descriminalização do porte de maconha, que se encontra estagnado desde o dia 24 de agosto, quando foi paralisado após um pedido de vistas do ministro André Mendonça. A contagem atual dos votos aponta para uma expressiva vantagem pela descriminalização, com um placar de 5 a 1.
O lema desta edição da marcha é ‘Pelo fim das Guerras às Drogas’, refletindo a visão dos participantes sobre a necessidade de reformulação das políticas públicas referentes ao uso da maconha. Os adeptos da causa consideram que a proibição da substância é um reflexo de uma mentalidade anti-racional e preconceituosa.
Este movimento visa, portanto, além de pressionar pela mudança na legislação, provocar uma reflexão social mais profunda sobre os preconceitos, os danos e as consequências do proibicionismo. Defendem que uma abordagem mais racional e baseada em evidências científicas pode levar a uma regulamentação mais justa e equânime da maconha.
Os manifestantes, esperançosos e decididos, percorrerão as ruas da cidade pacificamente, visando dialogar com a sociedade e reivindicar o fim das políticas proibicionistas que, segundo eles, perpetuam estigmas e prejudicam tanto usuários quanto a sociedade em geral.
A marcha, ao longo dos anos, tem se tornado um símbolo de resistência e de luta por uma sociedade mais informada e consciente acerca das questões que envolvem o consumo de substâncias psicoativas, focando sempre no respeito à diversidade de pensamentos e na busca por um entendimento comum que favoreça o bem-estar social.
Os organizadores esperam que este ano o evento ocorra de forma pacífica e construtiva, proporcionando um ambiente de troca de informações e conhecimentos, e, acima de tudo, de respeito mútuo entre todos os participantes e a população de Curitiba.