O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), declarou em um vídeo que circula nas redes sociais que a imagem dele em uma ambulância, após ter sido atingido por uma cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) durante o debate da TV Cultura, foi encenada. Segundo Marçal, a postagem que o mostra com expressão de dor foi planejada para “fazer uma cena”.
“Eu só precisava daquela ambulância lá. Eles queriam fazer uma cena, esse povo aí. Dava para ir correndo para o hospital. Tranquilo. Não é insuportável”, afirmou o candidato em tom descontraído no vídeo. A cena, que rapidamente ganhou repercussão, aconteceu após um acirrado confronto verbal entre Marçal e Datena durante o debate eleitoral.
Durante o embate, Marçal provocou o adversário em diversas ocasiões, chegando a mencionar uma denúncia de assédio sexual contra o apresentador e o chamando de “arregão”. Ele ainda afirmou que Datena “não era homem” o suficiente para agredi-lo, o que culminou na reação violenta do apresentador, que atirou uma cadeira contra Marçal.
Após o ocorrido, o candidato do PRTB foi levado para o hospital Sírio-Libanês, onde passou a noite sob observação. De acordo com a assessoria de Marçal, ele foi encaminhado às pressas para o hospital com suspeita de fratura na costela. O boletim médico confirmou que ele sofreu um traumatismo na região do tórax à direita e no punho direito. Apesar disso, Marçal apareceu em compromissos públicos e debates com a mão enfaixada, demonstrando estar recuperado do episódio.
Em resposta à agressão e às suas próprias provocações, Pablo Marçal pediu desculpas aos eleitores e afirmou que assumiria um comportamento mais condizente com o de um governante. “Eu já mostrei minha pior versão, agora eu vou mostrar a boa”, declarou, prometendo uma postura mais propositiva daqui para frente. Ele ainda minimizou o impacto da agressão de Datena, afirmando que, se necessário, suportaria mais “dez cadeiradas” por semana, reforçando sua ideia de que o momento eleitoral é uma oportunidade para revelar o caráter dos candidatos, mais do que para discutir propostas.
Marçal também enfatizou que a cadeira jogada por Datena não foi algo que ele não pudesse aguentar. “Eu dava conta de segurar aquela cadeira, dava conta de agredir aquele cara. Mas eu fiz questão de levar para sentir mesmo, de verdade”, disse, reiterando que sua estratégia era expor a verdadeira face dos adversários.