Na tarde da segunda-feira (30), uma manifestação bloqueou várias ruas do bairro Hauer, como o cruzamento da Rua Brigadeiro Franco com João Parolin e Maria Moscardi Fanini.
Amigos e familiares seguravam cartazes com frases de protesto e clamavam por justiça pelos atos ocorridos na noite da última sexta-feira (27).
Em entrevista dada ao site Banda B, Luana de Almeida, irmã dos suspeitos pede justiça e entende que os irmãos foram executados. “O protesto é um pedido de justiça, porque nossos entes queridos foram executados. Não tem como eles terem trocado tiros se eles estavam fugindo, capotaram quando bateram em outro carro, um deles estava de perna quebrada, outros dois com braço fraturado e o outro com o rosto machucado. Além deles terem levado só tiros no peito e normalmente em um confronto os tiros acertam outros lugares como as costas e pernas”, acrescenta a garota que os irmãos não sabiam que o carro em que se encontravam era roubado. “Eles estavam jogando bola e passou o rapaz pedindo para eles darem um rolê e nisso eles voltaram no caixão. Eles tinham comprado o carro pizera, mas eles não sabiam que o carro era roubado."
Elisângela Bueno de Almeida, também irmã dos suspeitos afirma que os irmãos tinham passagens pela polícia, mas desde então estavam seguindo uma vida correta. “Eles eram bons meninos e não tínhamos do que reclamar. Eles tinham passagem, mas mudaram depois da cadeia. Atualmente estavam catando papel, vendendo balinha e agora tiraram um pedaço de nós”, disse Elisângela ao portal Banda B.
O pai de um dos suspeitos, admite o erro do filho, mas afirma que o garoto estava mudado e até carteira de trabalho tinha feito em companhia do pai. Planejava iniciar o estudo em cursos.
VIOLÊNCIA
Segundo o coronel Anderson, do 12o Batalhão da Polícia Militar, os policiais estavam no local do protesto para garantir a ordem pública, mas que infelizmente dentre os manifestantes, alguns mais exaltados acabaram depredando o patrimônio público e privado.
O coronel Hudson da PM, alerta que os suspeitos possuíam varias passagens pela polícia, além de serem reconhecidos pela vítima do roubo da Tucson. Ainda em entrevista à Banda B. “O maior tinha 13 passagens por roubo, tráfico e vários outros crimes. Outro foi pego em Matinhos, junto desse maior de idade, com um veículo cheio de produtos roubados e um revólver calibre .38 foi apreendido. Os dois menores também tinham antecedentes. Já o dono do veículo Tucson que foi roubado reconheceu com 100% de certeza dois dos suspeitos como autores do roubo.”
Hudson ressalta que a polícia está aberta ao diálogo e que qualquer pessoa que forneça elementos de que o confronto ocorreu de outra forma pode trazer a própria PM para juntar ao procedimento interno aberto.
ENTENDA O CASO
Um veículo da marca Hyundai, modelo Tucson, que havia sido roubado há três dias no bairro Portão foi avistado em atitude suspeita por policiais da Rone na noite desta sexta-feira (27), na esquina da rua Maj. Fabriciano do Rêgo Barros com a rua Padre Dehon, no bairro Hauer, em Curitiba.
Após ordem de parada, o condutor do veículo empreendeu fuga em alta velocidade. Segundo o capitão Paulo Alexandre: “Próximo do Shopping Cidade, uma equipe da Rone cruzou com esse carro em atitude suspeita, já em velocidade alta no meio dos outros veículos colocando em risco a segurança dos outros motoristas.
Na tentativa de abordagem, eles empreenderam fuga, passando por algumas preferenciais e nesta esquina colidiram com um carro e vieram a capotar." Ainda conforme o capitão: “quando eles desceram do carro, reagiram contra a tentativa de abordagem e atiraram contra os policiais. Infelizmente, os quatro morreram.
O motorista do veículo com o qual eles colidiram sofreu ferimentos leves e foi conduzido pelo Siate mais por precaução, já que estava consciente e conversando”