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Mamute, festival de artes gráficas, volta a ocupar as ruas de Curitiba neste sábado (5)

Felipe Almeida
8 Min Read

Capa – Crédito Amanda Lavorato

A feira mais legal da cidade está de volta às ruas de Curitiba, depois de uma grande pausa por conta da pandemia. Com uma programação cultural e festiva, reunindo arte gráfica, música e literatura, a Mamute volta para sua quarta edição em um espaço novo: o festival irá ocupar o estacionamento da Câmara Municipal de Curitiba, espalhando-se pela rua em frente e pela Praça Eufrásio Correia. O evento, que é uma celebração às artes gráficas e à expressão artística, acontece no dia 5 de novembro.

Com a proposta de ocupar a cidade com a promoção de experiências culturais significativas, a Mamute busca ressignificar espaços da cidade, ampliar as possibilidades de encontro entre as pessoas e celebrar a arte do nosso tempo. A festa ao ar livre é composta por show musical, discotecagem, oficinas para crianças, espaços de convivência e uma ampla feira autoral e criativa com diferentes propostas artísticas – na qual o público pode, além de conhecer e conversar com os criadores, comprar obras, livros, objetos e produtos artesanais, autorais e de tiragem limitada.

A Mamute tem como proposta celebrar aproximar o público do artista, isto é, promover o encontro e a conversa entre essas duas pontas. A feira reúne representantes do universo da produção autoral de editoras, coletivos e artistas independentes em torno da experimentação gráfico-visual. Estarão reunidos em Curitiba expositores de mais de 14 cidades diferentes de estados como o Paraná, São Paulo, Santa Catarina e até Amazonas.

Crédito Amanda Lavorato

A novidade é que metade dos expositores de 2022 estão na feira pela primeira vez. “A quantidade de novos artistas e pessoas que se descobriram criadores de algo nos últimos dois anos é um resultado criativo surpreendente pós pandemia. Vamos ver na Mamute a produção de um tempo ímpar na nossa história”, diz Flavia Milbratz, uma das idealizadoras e diretoras do projeto. Os relatos recebidos pela organização são muitos: desde pessoas que encontraram na arte um caminho de expressão para manter o equilíbrio e a sanidade, como aqueles que se reconectaram com a expressão artística e os fazeres manuais nesse período. “Em um cenário onde somente o que era necessário permaneceu, a arte sempre esteve presente e existe aí uma mensagem para nós”, completa Milbratz.

A feira reúne trabalhos para todos os gostos e bolsos, em diferentes formatos e temáticas: gravuras, ilustrações, arte digital, fotografia, literatura, moda autoral, adesivos, quadrinhos, prints, camisetas, porcelana, acessórios, decoração e outras expressões. Além disso, a Mamute mais uma vez terá um espaço para gravar arte na pele: flashs de tatuagem, com um grupo diverso de tatuadores estarão na feira para quem busca uma marca artística mais duradoura. “Nosso objetivo é promover o encontro e a troca entre as pessoas, em um momento em que estamos cada vez mais segmentados e distantes. Acreditamos que é preciso celebrar o que nos une – e a arte tem um papel essencial nesse trabalho”, complementa Ana Hupfer, também idealizadora e diretora do projeto.

Além de todo talento reunido na feira, a Mamute terá uma programação intensa durante o dia todo: discotecagem, shows de música, mostras de processo e práticas gráficas para todas as idades. O público poderá assistir artistas produzindo obras durante a feira e participar de ações interativas, inclusive levando um cartaz exclusivo da Mamute impresso na hora para casa. A festa fica completa por uma praça de alimentação, com diferentes opções de gastronomia, espaços de convivência pela praça, e o bar exclusivo da cervejaria curitibana Xamã.

Crédito Hay Ramos

A MAMUTINHA – Para os pequenos, a Mamute também terá uma programação especial. O festival montará o seu tradicional ateliê de experimentações gráficas para crianças, no qual os pequenos poderão conhecer e experimentar várias técnicas artísticas, como carimbos, serigrafia, gravuras, stencils e muito mais. O espaço também contará com um grande mural a ser pintado de forma coletiva pelas crianças. 

 

Além disso, teremos contações de história com o Coletivo Era Uma Vez, que também estará presente na feira com seus escritores e ilustradores vendendo livros infantis e ilustrações voltadas para as crianças. A Mamutinha foi concebida com o objetivo principal de despertar e incentivar o interesse do público infantil pelas linguagens artísticas, colaborando com o estímulo de seu repertório visual, sensibilidade estética e capacidade criativa. 

 

LAB MMT – Um dos propósitos que guiam a Mamute é promover o encontro e a troca entre os artistas da cidade. Diferentes gerações, linguagens e estilos em um mesmo espaço em que a criatividade é o pulso. Pensando nisso, foi criado o primeiro LAB MMT: um laboratório de experimentação gráfica para jovens artistas que começaram a dar os primeiros passos em sua criação autoral. O projeto selecionou 20 jovens e, de forma gratuita, ofereceu um espaço de formação, intercâmbio e prática artística para jovens de de Curitiba e RM. O processo intenso de formação e prática foi realizado no Solar do Barão, com apoio da Fundação Cultural de Curitiba, de agosto até outubro. O resultado deste processo o público poderá conferir no festival: os jovens artistas vão expor seus trabalhos em um espaço especial dentro da feira em novembro.

 

REALIZAÇÃO – A 4ª edição da Mamute Feira Gráfica é viabilizada por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura, o PROFICE, da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura, do Governo do Estado do Paraná; com patrocínio da Copel e realização da Gloriosa Produção Cultural. O projeto também recebeu apoio da Câmara Municipal de Curitiba e da Fundação Cultural de Curitiba.

 

HISTÓRICO – A Mamute Feira Gráfica foi idealizada por Ana Hupfer e Flavia Milbratz e tem até hoje sua produção coordenada exclusivamente por mulheres. Foram realizadas até aqui 03 edições da Mamute – além de 03 edições de bolso, em parceria com outros projetos culturais da cidade – de forma independente. As duas primeiras edições foram realizadas fechando a Avenida Julia da Costa, ocupando a Casa 102 e espaços ao redor. Já na terceira, a Mamute aconteceu no estacionamento da Fundação Cultural de Curitiba. Em cada edição, uma média de 120 iniciativas artísticas fizeram parte da feira e a programação musical e para a infância sempre marcaram presença. Ao todo, a organização estima que em cada edição mais de 5 mil pessoas passaram pelo evento.

 

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Posted by Felipe Almeida
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O Stereo Pop é um blog, criado pelo comunicador Felipe Almeida, que reúne tudo sobre filmes, séries, música, um pouco de games e o universo pop em geral, com uma linguagem despojada e informativa.