Familiares identificaram o corpo da gestante que deu à luz uma menina ao sofrer um grave acidente na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Cajati, no interior de São Paulo, na última quinta-feira , 26. A jovem mãe morava no bairro Barro Preto, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, no Paraná, e faria 21 anos nesta segunda-feira, 30.
O corpo, que estava no Instituto Médico Legal (IML) de Registro, já foi levado para a cidade paranaense. De acordo com Adriana Ribeiro, irmã da vítima, o sepultamento será Cemitério Padre Pedro Fuss, em São José dos Pinhais.
Segundo Adriana, a irmã saiu de casa com destino a São Paulo e não entrou em contato. A família viu notícias do acidente com o caminhão e desconfiou que se tratava de Ingrid. Na noite deste domingo, 29, Adriana confirmou em sua página no Facebook a morte da irmã. "A todos que estão me mandando msg (sic), querendo informações sobre minha irmã: sim, ela faleceu em um acidente de caminhão e a bebê dela está bem!", postou.
Ingrid, que estava em fase final de gestação, viajava de carona quando o caminhão ficou desgovernado e capotou na região da Serra do Azeite da Régis, em Cajati. A mulher foi lançada para fora da cabine e teve o corpo esmagado pela carga de madeira processada. A barriga e o útero se romperam, mas o bebê permaneceu vivo entre as vísceras da mãe. De acordo com o médico Elton Fernando Barbosa, que socorreu a criança, o bebê sobreviveu de forma milagrosa, ao se manter aconchegado pelas entranhas da mãe, ligada a ela pelo cordão umbilical.
A criança foi levada ao Hospital Regional de Pariquera-Açu e, segundo os médicos, está bem de saúde. Sem saber que a família já havia dado ao bebê o nome de Jenifer, a equipe do hospital envolvida em cuidados com a menina a "batizou" de Giovana.
O hospital informou que aguarda a chegada da documentação para liberar a criança à família, assim que o bebê receber alta. O motorista do caminhão, Jhonatan Ferreira, também ficou ferido no acidente, mas já teve alta. Ele vai responder a inquérito por homicídio culposo – sem intenção de matar.