Na segunda-feira, 7 de outubro, a Justiça de São Paulo decidiu rejeitar um pedido de indenização de R$ 1 milhão apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a revista IstoÉ, dois de seus jornalistas, Sérgio Pardellas e Germano Oliveira, e uma pessoa identificada como Davincci Lourenço de Almeida. Com essa decisão, Lula deverá arcar com R$ 150 mil em honorários advocatícios dos réus, embora tenha a possibilidade de recorrer da sentença.
A ação judicial teve início em 2017, após a publicação de uma reportagem de capa da revista com o título “Levei mala de dinheiro para Lula”. Na matéria, Davincci foi descrito como uma “testemunha bomba” e alegou ter transportado uma mala contendo dinheiro em 2012, supostamente destinada a Lula, como pagamento por um contrato com uma empreiteira. Essas afirmações geraram grande repercussão na época, uma vez que tocaram em temas sensíveis relacionados à corrupção e às investigações que envolviam o ex-presidente.
Lula contestou as declarações, argumentando que eram “mentirosas e inventadas por um farsante em busca de fama”. Ele sustentou que a reportagem afetou sua imagem e dignidade, e, por isso, buscou a reparação judicial. No entanto, os desembargadores do Tribunal de Justiça, ao analisarem o caso, concluíram que a reportagem possuía um caráter informativo, evidenciando a fonte das declarações sem incluir considerações adicionais que pudessem distorcer os fatos apresentados.