Veja o que diz o portal Metrópoles.
Depois que o vendedor Thiego Amorim entrou com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, alegando que teria sido “agredido” por ela, a loja onde ele trabalha pediu desculpas à ministra e reconheceu não ter havido agressão. Em mensagem postada nas redes sociais, o estabelecimento disse ainda que Damares não foi atendida de forma correta pelo profissional. As informações são do jornal O Globo.
“Gostaríamos de pedir desculpas pelo atendimento inadequado de um de nossos funcionários da loja localizada no Brasília Shopping no último dia 02.01.2019, reconhecemos que não houve por parte de V.Sa. qualquer tipo de agressão no interior da loja”, diz a mensagem da loja, que é uma franquia da marca de roupas Cantão.
Segundo a reportagem, o pedido de desculpas ocorreu depois de o vendedor Thiego Amorim, de 34 anos, ajuizar representação na PGR contra a ministra. Na ação, ele alega que houve constrangimento, vias de fato e ameaça durante uma confusão entre os dois na loja.
Na ocasião, o empregado do comércio questionou por que Damares estava vestindo uma camisa azul, e a ministra respondeu que estava sendo constrangida. O vendendor afirmou ao jornal carioca, na última sexta-feira (4/1), que a ministra teria dito em seguida que vai “acabar com a ideologia de gênero nas escolas brasileiras”.
Eu falei “vem cá, que história é essa de menino ter que usar azul e menina ter que usar rosa?”. Aí ela se aproxima de mim, põe a mão em cima do meu pescoço, sabe? Como se fosse um ato de “escuta aqui” e, em seguida, disse “eu vou acabar com a ideologia de gênero nas escolas brasileiras”, afirmou o rapaz, segundo o veículo.
Vejam vocês: a estória era inverosímel desde o início. Um sujeito daquele tamanho jamais seria agredido pela ministra. O principal aqui é que ele diz que a confrontou – como se fosse normal um vendedor confrontar o cliente. Mas o pior é que a mídia e determinados influenciadores venderam a tese de que Damares deveria ter "equilíbrio", ou seja, aceitar ser insultada pelo sujeito. Como se qualquer um de nós fosse aceitar ser insultado por um vendedor quando se está na condição de cliente.