O grupo Ligga, controlado pelo Fundo Bourdeaux, do investidor Nelson Tanure, concluiu o processo de compra da Nova Fibra. O negócio eleva o número de clientes da Ligga para perto de 600 mil pessoas, com a oferta de diferentes serviços. A aquisição foi aprovada pelo CADE e pela Anatel.
Com a compra, a Ligga supera a Vivo e assume a 3ª posição no ranking paranaense de banda larga. Nesse segmento, a Ligga passa a atender cerca de 356 mil usuários, contra 353 mil da Vivo. Esse é mais um passo da Ligga na direção de se consolidar como um player nacional do setor de Telecom.
Seguindo seu plano de expansão, a Ligga Telecom concluiu a sua 3ª aquisição. Com o negócio, a companhia passa a atuar nos mercados de São Paulo e Mato Grosso. Em novembro de 2021, o grupo conquistou as licenças no 5G para operar no Paraná e São Paulo, além de estados da Região Norte. Com todas as aquisições, o grupo já é uma das maiores operadoras de Telecom do país, atendendo a uma área onde vivem cerca de 50% da população nacional, e com um valor de mercado acima de R$ 6 bilhões.
"Quando arrematamos a Sercomtel e a Copel Telecom, já tínhamos em mente o objetivo claro de criar a maior companhia de tecnologia do sul do país. Com a aquisição da Horizons e, agora, da Nova Fibra, conseguimos avançar aumentando nossa capacidade de atendimento em volume e em diversificação de serviços", comenta o investidor Nelson Tanure, acrescentando que a Ligga, com sua relevante faixa de frequência do 5G, levará mais conectividade e inovação para além das divisas do Paraná.
Esse plano de expansão vai ao encontro do planejamento estratégico do grupo Ligga, formado pela ex-estatal Copel Telecom, pela Sercomtel e pela Horizons. A Nova Fibra ― operadora paranaense que está presente em 25 cidades dos estados do Paraná, Mato Grosso e São Paulo ― já tinha como meta se consolidar como um dos maiores provedores regionais do Brasil. A empresa fechou 2021 com cerca de 90 mil usuários de varejo, 3,5 mil clientes corporativos, 350 colaboradores e dez empreiteiras homologadas.
"Um passo importantíssimo para consolidação do mercado paranaense", comemorou Wendell Oliveira, diretor-presidente do grupo Ligga.
Além dos serviços de Telecom, a Nova Fibra também atua no segmento de Data Center, oferecendo serviços de IaaS, FwaS, BaaS, CDN(*) e armazenamento em nuvem. A empresa tem, entre seus clientes, bancos, multinacionais e grandes players de referência do Paraná e do Brasil.
Em sua estrutura, a Nova Fibra conta com equipamentos de última geração de parceiros como: Nutanix, Veeam, CommVault, Palo Alto Networks, NSFOCUS e Akamai, que garantem a melhor experiência ao cliente, oferecendo qualidade e eficiência de conexão e velocidade de entrega.
Investimentos
O plano de investimentos mínimos da Ligga na área de 5G será de R$ 1 bilhão
(*) Obs:
IaaS: infraestrutura como serviço
FWaS: Acesso Fixo Sem Fio como serviço
Baas: Banking as a Service (Banco como serviço – oferta de produtos financeiros)
CDN: Content Delivery Network ou Rede de Distribuição de Conteúdo
LIGGA TELECOM
A Ligga é fruto da fusão de várias empresas (as ex-estatais Copel Telecom e Sercomtel, a Horizons e a Nova Fibra) e já é uma das grandes companhias de tecnologia do Brasil, sendo a maior do Paraná. Em 2020, a então Copel Telecom foi privatizada pelo governo do estado do Paraná. Em novembro do ano passado, o grupo venceu a disputa por uma das maiores licenças de 5G, no maior leilão da história da ANATEL. Foram arrematadas licenças para oferecer serviços de telefonia nas regiões Sul, Sudeste e Norte. Com isso, a empresa passou a ser uma das maiores operadoras de telecomunicações do país e alcança a marca de R$ 6 bilhões de valor de mercado. O plano de investimentos do grupo para os próximos anos é da ordem de R$ 2 bilhões. Desses, R$ 600 milhões serão para a ampliação da infraestrutura no Paraná.