Duas pessoas, entre elas, uma mulher, de 26 anos, suspeita de chefiar uma quadrilha envolvida em esquemas fraudulentos contra uma empresa de aplicativo de celular, foram presas, no inicio da manhã desta quinta-feira (19/04), durante uma operação policial desencadeada pelo 8º Distrito Policial (DP) da Capital.
Durante a ação policial, na residência da mulher, localizada na Rua Nicolau Vorobi, na Cidade Industrial (CIC), foram apreendidos diversos cartões da empresa, chips, além de agendas com anotações relacionadas a fraude. Já um homem, de 28 anos, suspeito de participação na quadrilha, foi preso em Matinhos, Litoral do Estado.
Ao todo foram cumpridos, seis mandados judiciais, sendo dois de prisão temporária e quadro de busca e apreensão domiciliar, expedidas pela 5ª Vara Criminal de Curitiba.
De acordo com investigações, a mulher trabalhava como motorista do aplicativo e passou a realizar alguns cadastros falsos de motoristas e passageiros, em nome de terceiros, fazendo corridas falsas a fim de levar vantagem, como o uso de cartões de crédito clonados.
“A empresa realizava o pagamento antecipado ao motorista e posteriormente recebia os valores da administração dos cartões, porém como os cartões eram clonados e a fraude era constatada pelas agências, a empresa acabava não recebendo nenhum valor das corridas ficando no prejuízo”, contou o delegado-titular do 8º DP, José Vitor Silva Pinhão.
As investigações apuraram que outras pessoas, integrantes do bando, também estão envolvidas no esquema criminoso, muitos deles instruídos pela chefe da quarilha que oferecia cursos ensinando a fraude, onde cobrava uma quantia de R$ 500 por pessoa para repassar o tutorial.
As investigações iniciaram depois a empresa de aplicativo comunicou à Polícia Civil sobre a fraude. A suspeita foi desvinculada do aplicativo assim que a instituição descobriu o crime, porém mesmo saindo da empresa, a suspeita continuou a praticar os delitos.
Segundo o delegado, ainda não se sabe quantas pessoas ela instruiu, quantas pessoas estão envolvidas na fraude e qual o real prejuízo da empresa. “Estamos realizando todas as diligências necessárias para o esclarecimento do caso, bem com a identificação e prisão e outras pessoas envolvidas no crime”, enfatizou Pinhão.
A dupla responderá pelos crimes de estelionato, associação criminosa e incitação ao crime. Ambos permanecem presos à disposição da Justiça. As investigações seguem.