O humorista Leo Lins se manifestou publicamente após ser condenado a oito anos e três meses de prisão em regime fechado por declarações consideradas discriminatórias feitas durante um show de stand-up. A decisão judicial também determinou o pagamento de uma multa correspondente a 1.170 salários mínimos, além de uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 303,6 mil.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Leo Lins afirmou que suas apresentações são obras de ficção e que interpreta uma “persona cômica” nos palcos. Ele argumentou que o conteúdo deve ser entendido dentro do contexto artístico, com uso de recursos como ironia, hipérbole e metáfora. Segundo o humorista, uma análise literal do que é dito em um espetáculo de comédia não se aplica à estrutura do gênero.
Lins também criticou o que classificou como uma falta de racionalidade nos julgamentos e destacou que decisões baseadas apenas na emoção podem afetar a liberdade de expressão. Ele disse ainda que o caso representa um alerta para toda a classe artística e agradeceu aos colegas que manifestaram apoio.
A defesa do comediante já anunciou que vai recorrer da decisão.






