O Vaticano publicou nesta terça-feira (4) um decreto que reafirma a doutrina central da Igreja Católica de que Jesus Cristo é o único redentor da humanidade. O documento, aprovado pelo papa Leão XIV e divulgado pelo órgão responsável pela doutrina da fé, orienta os fiéis a não utilizarem o termo “corredentora” ao se referir à Virgem Maria.
A instrução explica que, embora Maria tenha um papel singular na história da salvação por aceitar ser a mãe de Jesus, ela não compartilha da missão redentora de Cristo. O uso do título “corredentora”, segundo o texto, pode provocar interpretações equivocadas ao sugerir que Maria participaria da obra da redenção de forma equivalente ao Filho. Para o Vaticano, essa expressão comprometeria a clareza da fé e colocaria em risco a compreensão da mediação única e perfeita de Cristo.
O decreto recorda que a devoção mariana permanece legítima e incentivada, mas deve respeitar os limites definidos pela teologia católica. Maria é apresentada como mãe, serva e discípula, modelo de fé e intercessora, mas não como figura paralela ou complementar ao redentor. A decisão também retoma a posição adotada por pontífices nas últimas décadas, que evitaram oficializar o termo “corredentora”. Papas anteriores já haviam manifestado que esse título poderia distorcer a doutrina sobre Cristo e gerar confusão entre os fiéis.
