Curitiba ganhou, nessa terça-feira (14/5), o Laboratório da Inclusão, localizado no Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (CMAEE) Maria Julieta Alves Malty, no Portão.
No laboratório, desenvolvido com uma proposta inédita pela Secretaria Municipal da Educação, os profissionais da rede recebem, de forma prática, orientações na elaboração de atividades, estratégias, recursos e materiais adequados à aprendizagem dos estudantes público-alvo da inclusão. Esses estudantes são atendidos nas escolas e CMAEEs nas dez regionais ou escolas especiais da cidade.
A secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, destacou o pioneirismo da cidade, que mais uma vez inovou na área da Educação, citando como exemplo os Faróis do Saber e Inovação, os Faróis Móveis e o Centro de Ensino Estruturado para o Transtorno do Espectro Autista (CEETEA), entregue em 2019. “É uma alegria entregar este laboratório, porque ele significa mais um espaço formativo para os nossos profissionais. Nossa cidade, além de inteligente, é educadora”, disse Maria Sílvia.
Atendimento especializado
Escolas especiais, classes especiais, salas de recursos multifuncionais, salas de recursos de aprendizagem, CMAEEs nas dez regionais equipados e com profissionais qualificados, transporte especial, formações continuadas para os professores, ações pedagógicas específicas. Tudo isso faz parte da estrutura de atendimento a crianças e estudantes com deficiências e transtornos diversos.
Atualmente, são cerca de 11 mil beneficiados com algum tipo de atendimento na rede pública municipal. O número dobrou desde o início da atual gestão.
Devido à demanda, durante a gestão foi ampliado o atendimento a esse público, com a inauguração de um CMAEE no Tatuquara, outro na CIC e do Centro de Ensino Estruturado para o Transtorno do Espectro Autista (CEETEA), que fica na sede da SME.
O Departamento de Inclusão e Atendimento Educacional Especializado (DIAEE) da Secretaria Municipal da Educação é a instância que coordena todos os processos referentes à orientação e ao atendimento de estudantes que apresentam deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, transtorno do espectro do autismo, altas habilidades/superdotação, transtorno de conduta e necessidades educacionais específicas, com base nos fundamentos da educação inclusiva. O DIAEE garante suporte teórico, metodológico e orientação aos profissionais da educação de toda a rede municipal.
São 15 modalidades de atendimento oferecidas a estudantes em processo de inclusão, o que inclui crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, síndrome de Down, comprometimento motor, Transtornos Funcionais Específicos, além de atendimento hospitalar, entre outros.
“Cada um é atendido conforme suas especificidades, o olhar é individual para que todos tenham uma educação de qualidade”, afirmou a secretária municipal da Educação.
Autismo
Inaugurado em setembro de 2019, o pioneiro CEETEA tem uma média de 527 atendimentos/mês. São 4,1 mil estudantes com autismo matriculados hoje na rede municipal.
O centro é mais um equipamento à disposição da comunidade, pois o atendimento desse público também é feito dentro das salas de recursos das escolas e dos CMAEEs em todas as dez regionais da cidade.
Os atendimentos especializados são feitos no turno contrário ao da escolarização dos estudantes. A necessidade e a prioridade de atendimento são avaliadas por parte da equipe técnica e inclui um importante trabalho com as famílias, por meio da Escola de Pais.
“As famílias dos nossos estudantes são atendidas pela Escola de Pais, que tem como missão ajudar os pais dessas crianças a se cuidarem e assim poderem atender com mais tranquilidade o desenvolvimento dos filhos, além de esclarecer dúvidas e fornecer orientações”, explica a diretora do Departamento de Inclusão e Atendimento Educacional Especializado (DIAEE), Gislaine Coimbra Budel.
Transporte gratuito
A Prefeitura de Curitiba garante ainda o transporte dos estudantes da educação especial, tanto dos matriculados em escolas públicas quanto nas particulares dentro do limite urbano. Os ônibus são adaptados, com cintos de três ou cinco pontos, plataforma elevatória para acessibilidade e espaço para as cadeiras de rodas, além do acompanhamento de atendentes que recebem formação específica para atuação dentro dos ônibus.
Quem mora em Curitiba, tem renda até três salários mínimos e o filho está matriculado em escola especial, deve procurar o Sistema de Transporte para a Educação Especial (Sites), administrado pela Secretaria Municipal da Educação.
Para ter acesso ao Sites, a criança precisa apresentar dependência e deficiência (física, mental, intelectual ou sensorial) de longo prazo, comprovadas por meio de avaliação prévia e laudo de profissional especializado.
Os ônibus têm rotas preestabelecidas e horários definidos. Motoristas e atendentes do sistema passam por formação específica para garantir a segurança de todos.
Presenças
Estiveram presentes a superintendente de Gestão Educacional, Andressa Pereira; o superintendente Executivo, Oséias Santos de Oliveira; a chefe do Núcleo de Educação do Portão, Suzana Galeazzi; a diretora da unidade, Andréia Motta Nascimento; e o administrador da Regional Portão, Gerson Gunha.