A Justiça do Paraná revogou, nesta sexta-feira (14), a liminar que garantia prisão domiciliar a Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu. A decisão foi tomada pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná, após uma nova avaliação médica indicar que Guaranho pode cumprir pena em regime fechado desde que receba o suporte de saúde adequado.
Com a revogação da prisão domiciliar, Guaranho foi transferido para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O ex-policial penal foi condenado em fevereiro deste ano por homicídio qualificado por motivo fútil e perigo comum.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML), solicitado pela Justiça, concluiu que Jorge Guaranho pode cumprir pena no regime fechado caso receba acompanhamento especializado. O documento, assinado pelo médico legista José Fernando Pereira Rodriguez, detalha que Guaranho apresenta sequelas decorrentes do ocorrido em 2022, quando foi baleado e agredido por convidados da festa de Marcelo Arruda.
Entre as limitações apontadas no laudo, estão dificuldades na mobilidade do punho esquerdo, redução na elevação do ombro direito e necessidade do uso de muletas para locomoção. O relatório destaca que, para que Guaranho cumpra pena em uma unidade prisional, ele precisa de apoio médico contínuo, incluindo acompanhamento em fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia e odontologia.
A defesa de Guaranho, representada pelo escritório Samir Mattar Assad, reforçou que as agressões sofridas pelo ex-policial estão documentadas em imagens públicas e afirmou aguardar que os responsáveis sejam julgados.