A Justiça Federal no Paraná condenou oito integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) por planejar o sequestro do ex-juiz Sergio Moro. A decisão, assinada pela juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal em Curitiba, também absolveu outros três acusados e registrou o falecimento de dois denunciados enquanto aguardavam julgamento.
De acordo com a denúncia, aceita pela Justiça, o motivo central do plano criminoso seria a atuação de Moro como ministro da Justiça durante o governo Jair Bolsonaro. Entre as ações que teriam motivado o grupo, destacam-se as transferências de líderes do PCC para presídios federais e a proibição de visitas íntimas nesses estabelecimentos.
A investigação, conduzida pela Polícia Federal, revelou que o ex-juiz chegou a ser monitorado pela facção criminosa. Uma tentativa frustrada de sequestro foi relatada, além do monitoramento de um clube em Curitiba onde Moro votou em 2022. A operação, batizada de Sequaz, foi deflagrada em março de 2023 para cumprir 11 mandados de prisão e realizar buscas relacionadas ao caso.
O plano foi descoberto a partir do depoimento de um ex-integrante do PCC, que passou a colaborar com a Justiça. Suas informações foram cruciais para detalhar as intenções do grupo e possibilitar a ação policial.