O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu que os dois acusados pelo ataque com soda cáustica contra Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 24 anos, serão julgados pelo Tribunal do Júri. A decisão, proferida na última sexta-feira (16), determina que o caso seja analisado pelo Conselho de Sentença da Vara Criminal de Jacarezinho, cidade onde o crime ocorreu em maio de 2024. A data do julgamento ainda não foi definida.
O caso ganhou grande repercussão pela brutalidade do ataque e pela motivação apontada pelas autoridades. Isabelly foi vítima de uma tentativa de feminicídio após ser atingida por soda cáustica no rosto, o que causou graves ferimentos e exigiu 18 dias de internação no Hospital Universitário de Londrina. A investigação identificou que Débora Aparecida Custódio Ferreira, atual companheira do ex-namorado da vítima, foi quem jogou a substância, segundo imagens de câmeras de segurança analisadas pela polícia.
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Débora por tentativa de homicídio com diversas qualificadoras: uso de meio cruel, motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, este último reconhecido por se tratar de um crime motivado pela condição de gênero da vítima. Marlon Ferreira Lemes, ex-namorado de Isabelly, está sendo acusado como mandante e idealizador do ataque. Ele já estava preso à época por roubo de celular.
Atualmente, Marlon segue custodiado na Penitenciária Estadual de Londrina, enquanto Débora está detida na Cadeia Pública de Santo Antônio de Platina. A defesa de ambos informou que irá recorrer da decisão que os leva ao júri popular.
O julgamento promete trazer à tona discussões importantes sobre violência de gênero, crimes premeditados e a responsabilização de autores e coautores em casos de feminicídio tentado.
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