O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou o bloqueio de 15 sites ligados à exploração de jogos de azar, como o popularmente conhecido “jogo do tigrinho”. A medida foi tomada após uma ação civil pública movida pela Associação em Defesa da Integridade, Direitos e Deveres nos Jogos e Apostas (Adeja), que apontou a atuação irregular das empresas envolvidas, acusadas de intermediar dinheiro em plataformas de apostas sem licença ou regulamentação no Brasil.
Com a decisão, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi notificada para tomar as providências necessárias junto às operadoras de internet, a fim de garantir o bloqueio dos sites mencionados. A ação é considerada um avanço na luta contra a exploração ilegal de jogos de azar, que tem gerado sérios prejuízos aos consumidores e à sociedade em geral.
O juiz Gustavo Henrique Bretas Marzagão, da 35ª Vara do TJSP, responsável pela decisão, destacou a importância social da medida. Segundo ele, os sites que operam sem regulamentação, em plataformas clandestinas e não auditáveis, como no caso do “jogo do tigrinho”, têm causado impactos negativos profundos. Além do vício em apostas, há relatos de jogadores que chegam a solicitar a demissão de seus empregos para acessar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e continuar jogando, arriscando seu patrimônio em poucas horas.