A Justiça de Goiás decidiu manter presa a médica neurologista Cláudia Soares Alves, acusada de sequestrar uma recém-nascida no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), no Triângulo Mineiro.
Na manhã desta quinta-feira (25), durante a audiência de custódia, o Tribunal de Justiça de Goiás converteu a prisão em flagrante de Cláudia Soares Alves em prisão preventiva. Acusada de sequestro qualificado, a médica pode enfrentar uma pena de até oito anos de prisão, caso seja condenada.
Na madrugada de quarta-feira (24), Cláudia Soares Alves raptou a bebê do hospital em Uberlândia e a levou para Itumbiara, Goiás, a aproximadamente 134 quilômetros de distância. Policiais conseguiram localizar e prender a médica em Itumbiara poucas horas após o crime. Junto com a criança, foram recuperados itens pessoais como roupas, sapatos e duas bolsas de maternidade, que também haviam sido roubados.
Segundo a Polícia Civil, ao ser presa, Cláudia alegou que estava em um surto psicótico no momento do sequestro. “Ela afirmou que não havia feito uso de medicação e, em surto, entrou na maternidade e sequestrou a criança,” detalhou o delegado Carlos Fernandes.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o HC-UFU, informou que a médica entrou na ala da maternidade usando jaleco, máscara e um crachá institucional. Cláudia se apresentou à mãe da recém-nascida como médica e ofereceu levar a bebê para alimentá-la, alegando que a criança tinha dificuldades para mamar. Confiando na falsa pediatra, os pais permitiram que a criança fosse levada.
Liliane Passos, gerente de atenção à saúde do HC-UFU, afirmou que medidas estão sendo tomadas para garantir que incidentes semelhantes não voltem a ocorrer. “Estamos apurando responsabilidades e ajustando nossos processos de controle de acesso,” explicou Liliane. Ela também confirmou que a criança está bem e que o hospital está providenciando seu retorno seguro a Uberlândia.